Ai que saudades de quando as férias eram grandes e nós pequenos. Quando a praia era um deserto enorme e nós andávamos com creme no nariz e comíamos Epás e Pernas de Pau. Eu era despachada para a casa dos meus avós na Serra da Estrela e brincava com os meus primos na quinta: apanhavamos minhocas para pescar, fazíamos hortas, corriamos atrás dos cães, ajudávamos a fazer queijo e requeijão, aprendiamos a fazer pão, andavamos na carroça até ela quase virar por sermos tantos, caíamos dos cavalos enquanto nos armavamos em Jonh Wayne's de Celorico da Beira! Havia sempre muita gente, tios, primos, amigos, ioiôs e carrinhos de rolamentos. Andavamos à fruta, a apanhar cerejas, figos ou amoras. Ficavamos com dores de barriga monumentais de tanto comer, subiamos às árvores e tomavamos banho no tanque. Metiamo-nos em zaragatas, esfolavamos os joelhos, riamos e chorávamos como se não houvesse amanhã. Acordavamos como se o dia fosse o primeiro e chegavamos à cama estoirados como se fosse o último!
Agora somos grandes e as férias são pequenas mas “macacos me mordam” se estas não vão ser as melhores de sempre!
Agora somos grandes e as férias são pequenas mas “macacos me mordam” se estas não vão ser as melhores de sempre!
Deixamos aqui um recuerdo de outros tempos, em que corríamos para a casa da quinta da vizinha para ver o Verão Azul (na casa dos meus avós não havia nem electricidade nem água canalizada!):
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