Quando o mundo parece virado do avesso, quando queremos apenas parar e recuperar forças e recordar todos os pedacinhos luminosos de memória, "volvemos a casa". Nenhum lugar é tão doce e tão repleto de luz e alegria, nenhum lugar me diz tanto de mim nem guarda tão secretamente a minha história como as lajes da movida madrilena.
Neste vôo de raspão, encontrei Madrid como eu, em remodelações, obras por todo o lado como num gigantesco estaleiro. Achei-me em casa, entre os braços acolhedores das Puertas del Sol e as ruas sorridentes, entre tapas a escorregar do pão, entre as ruas familiares de multidão desconhecida, entre o vidro felino do Starbucks e o arranhar da caneta no papel...
Levava os bolsos cheios de saudades e de saudades os trago cheios, nesta visita tão breve como uma festa tímida quase imperceptível que nos enche de coragem para o resto do caminho. O outro, que não fala de lugares, nem viagens.

2 comentários:

Embryotic SouL said...

Nada como o sabor e o cheiro a conforto da nossa casa..

Um bj sentido

alma-em-4-corpos said...

Estive em Madrid há um ano e pouco e, essas obras já existiam... Afinal não é só em Portugal!!!

Bjocas

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