Catnap

Monday, October 30, 2006 | 0 Comments

Fim-de-semana. Cansaço. Poucas horas de sono. Uma semana que a correr nos arrancou os dias das mãos. Um almoço demorado, que deslizou pelo nosso sorriso para o sofá. A mantinha quente. Os pés entrelaçados. O deixarmo-nos ficar assim, sem ter de correr para lado nenhum. Sem reuniões, sem pedidos urgentes, sem exigências. O telemóvel fora do alcance dos nossos ouvidos entorpecidos. Nesta dormência calma ficámos enroscados toda a tarde. São já raros os momentos em que nos damos a este pequeno luxo. Há sempre algo para fazer, uma chamada urgente para atender. O tempo das coisas que nunca corresponde às coisas do tempo. Fazermo-nos de tempo é esta doce dança parada, suspensa pela respiração pausada, pelo sussurro do batimento do teu coração por baixo da minha cabeça, pela mão pousada sobre o teu rosto adormecido.

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Mei and Arawn