A Última Cartada - 21
Realizado por Robert Luketic
Com Jim Sturgess, Kevin Spacey, Kate Bosworth, Aaron Yoo
Baseado no famoso livro de Ben Mezrich “Bringing Down the House: The Inside Story of Six M.I.T. Students Who Took Vegas for Millions” , “21” é um filme que retrata o luxuoso mundo do Jogo de Las Vegas e como é que é possível alguém enganar o engenhoso sistema lá montado. Uma obra que apesar de medíocre, conseguiu estar duas semanas seguidas no topo do Box-Office americano.
A história do filme centra-se em Ben Campbell (Jim Sturgess) um tímido mas brilhante estudante do MIT. Sem dinheiro para pagar as propinas escolares, é recrutado para integrar o grupo dos mais talentosos estudantes da escola, que todos os fins-de-semana vão a Las Vegas, aumentando em grande escala as probabilidades de ganhar no Blackjack. Contam ainda com o seu professor de matemática (e génio da estatística) Micky Rosa (Kevin Spacey) como líder. O resto é a história do costume: embora a contagem de cartas não seja ilegal, o risco é cada vez mais elevado e o grande desafio prende-se agora com, não só manter a contagem correcta, mas também, enganar o chefe de segurança dos casinos: Cole Williams (Laurence Fishburne).
Robert Luketic (Legally Blonde, Monster in Law) tem com “21” o seu primeiro grande trabalho como realizador, pelo menos o mais sério, contudo não se conseguiu distanciar da realização puramente comercial que tinha efectuado até então. Efectua um trabalho muito pouco ambicioso e demasiado cinzento que contrasta com a capacidade criativa da ideia original, com um pouco mais de aprofundamento e com um maior cuidado no tratamento da história talvez o resultado final tivesse sido diferente. O filme torna-se lento, previsível, monótono e aborrecido.
A temática do jogo é sempre interessante, contendo muitos aspectos obscuros que poderiam atiçar facilmente a curiosidade do espectador. “21” limita-se ao mais básico e ao mais falado, teria sido interessante explorar outras vias que raramente são abordadas em outros filmes ou séries televisivas. Não li o livro de Mezrich, apenas li alguns comentários de pessoas que já o leram, contudo fiquei com a ideia que o livro entra por caminhos mais ambiciosos e mediáticos do que é abordado no filme.
Kevin Spacey é a grande figura do elenco, é um actor muito profissional e com um grande carisma e portanto o papel de mentor assenta-lhe muito bem, dando classe, ainda que pouco trabalhada. Jim Strugess, é a cara principal do filme, uma jovem estrela que fez o que tinha a fazer. Só mesmo o elenco salva “21”, com uma realização fraca e um argumento pouco ambicioso, o filme oferece um entretenimento de fraca qualidade que só deverá agradar aos fanáticos de jogos de cartas. Séries Televisivas como “CSI” e “Las Vegas” já apresentaram, em quarenta minutos, histórias mais ambiciosas e interessantes do que “21” apresentou em duas horas.
We Own the Night
We Own the Night
Realizado por James Gray
Com: Robert Duvall, Mark Wahlberg, Joaquin Phoenix, Eva Mendes
Bobby Green, para escapar à família e à sua tradição de defensores da lei, renunciou ao seu nome, perseguindo as suas ambições como dono de uma discoteca em Brooklyn. Mas enquanto ‘fecha os olhos’ aos traficantes de droga que o rodeiam, vê-se frente a frente com a família que abandonou, quando o seu irmão e o seu pai investigam a sua discoteca.
Como já se começa a ver que é o seu estilo, Gray volta a combinar o melodrama familiar com a intriga policial. Tudo com um muito bem urdido argumento, excelente trabalho dos actores a defenderem sólidos personagens (só é pena que Mendes se fica pela mera presença decorativa) e uma encenação que remete para os melhores policiais dos anos 70. O elemento desestabilizador no filme é `Bobby`, que, vivendo no limiar de dois universos, é o órfão e o apátrida; o problema e a solução de "We Own the Night". A complexidade da personagem interpretada por Joaquin Phoenix é um dos elementos que fazem desta subvalorizada obra de Gray muito mais do que um produto de um realizador deslumbrado, "agarrado" às suas próprias idolatrias. É "um dos", porque, sejamos justos, "We Own the Night" não precisava de muito mais para ser um grande filme do que aquele momento magnificamente filmado em que `Bobby` regressa para os braços da sua namorada, depois de ter visto o seu irmão desfigurado na cama do hospital. Ou aqueles minutos em que Gray cria uma das melhores sequências de perseguição automóvel na história recente: real e siderante como todo o filme.
Só é pena que Gray ainda não tenha recebido o apoio de um grande estúdio, apesar dos actores da “primeira liga” com quem tem trabalhado. Quem sabe no próximo… Chega tarde (é de 2007), mas é um dos melhores de 2008.
Notícias boas:
Peter Jackson realizou a trilogia “Senhor dos Anéis” mas não irá realizar os dois filmes de “Hobbit”, mais uma história escrita por JRR Tolkien e que cronologicamente antecede a acção de Senhor dos Anéis. O realizador escolhido pela “New Line”, estúdio responsável pelo filme, foi o mexicano Guillermo del Toro, um profissional igualmente experiente que já deu provas de qualidade com grandes produções no passado. O lançamento do primeiro filme de “Hobbit” está previsto para 2010 o que indica que o anúncio do elenco do filme esteja para breve.
in Portal de Cinema :)
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