A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
Florbela Espanca
3 comentários:
Adoro!
Adoro o sentimento em cada palavra...
Adoro o sofrimento que se espreme de cada palavra.
Lindo!
Mas... para ganharmos perspectiva e vermos que podemos não sentir assim e não tem mal nenhum... ela escreveu isto para o irmão ;)
Beijo!
Adoro Florbela. Delicioso.
Ela tinha o dom da palavra. Um dom fortem intenso e que nos enche de deslumbramento.
Este também era para uma irmã...:)
Bjocas!
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