Jostein Gaarder in O mistério do jogo das paciências
Eu queria tanta coisa
palavras a derramar
nascer do que não existe.
acreditar em homens a rezar,
saber de ti,
mesmo sem saber se existes.
Eu sei o que queria,
mas não quero ser eu a inventar-te,
nem em sonho,
nem em promessas de amor puro,
apenas a tua nudez
como pão no deserto
a mitigar a ausência
acessa como uma fogueira
ou grito rouco.
És este rio que me percorre
tumulto surdo,
que recolhe na praia os destroços
e os cabelos encrespados em desalinho.
É apenas uma tristeza inadiável,
uma solidão habitada
em todos os compassos da espera.
Tenho o teu nome misturado
na tinta dos dias.
Tenho roçado muitos corpos
na esperança que um seja o teu,
e feito amor de muitas maneiras,
docemente,
lentamente
dormentemente
desesperadamente
à procura,
sempre à tua procura
e eu não estarei só contigo
mas é contigo que eu quero ficar só
porque é a ti que quero amar.
4 comentários:
Passei por aqui e adorei este teu blog.Imagens e textos...não tenho palavras.
bj
doceando.
Olá.tive que vir visitar-te.Para ver as imagens de sonho.Tudo,um encanto.Não sei o que escolheria!Também vi as receitas vegetarianas.Hummm...Cresceu água na boca!Tudo muito gostoso.
Beijo doce
D
Oiii!
Muito bonito poema. "saber de ti, mesmo sem saber se existes" foi a minha parte preferida! Adorei. beijos
Eu só queria... Deixar um beijo:))
E não queria... Deixar de dar mais um:))
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