Elenco: Kevin Bacon, Sarah Michelle Gellar, Andy Garcia, Brendan Fraser, Forest Whitaker
“The Air I Breathe” parece ter tudo para ser um drama interessante, possuindo um elenco de luxo e uma ideia base forte, contudo o argumento mal elaborado e uma realização fraca fazem do filme um autêntico flop dramático.
A história do filme baseia-se num provérbio chinês que divide a vida nas quatro emoções principais: Felicidade (Happiness), Desgosto (Sorrow), Prazer (Pleasure) e Amor (Love). A história central do filme, acompanha o romance entre Pleasure (Brendan Fraser), um gangster que consegue ver o futuro, e Sorrow (Sarah Michelle Gellar), uma bela estrela pop em ascensão, o fatídico drama do casal começa quando o contrato musical de Sorrow cai nas mãos de Fingers (Andy Garcia), um impiedoso barão do crime. Acompanhamos também a história de Happiness (Forest Whitaker), um intratável banqueiro que anda a tentar escapar da morte lenta que é o seu trabalho quotidiano. Depois de perder todo o dinheiro que pedira emprestado num esquema de jogo chefiado por Fingers, Happiness encontra-se numa encruzilhada entre fugir ao seu destino ou confrontar os seus medos. Finalmente, temos a história de Love (Kevin Bacon), um médico que está apaixonado por Gina (Julie Delpy), a mulher do seu melhor amigo. Quando esta é mordida por uma cobra e fica com apenas 24 horas de vida a não ser que receba uma transfusão de sangue, Love lança-se numa desesperada corrida para encontrar o tipo de sangue de Gina que para seu azar é um dos mais raros, comum em apenas 2% da população.
As histórias e a ideia central do filme tinham tudo para resultar bem, mas faltou um realizador experiente e com bom senso. É uma pena, mas a relação entre as personagens não é clara e muito menos é claro o objectivo de ligação entre as suas histórias. Os diálogos são fracotes e mesmo actores de mão cheia como Forest Whitaker pouco conseguem fazer para tornar as coisas melhores. Kevin Bacon é o único actor que sobressai, com uma actuação densa e dramática. Mas saímos da sala com o sentimento de que algo importante faltou neste filme.
Contudo as apresentações que precederam a apresentação do filme valeram a espera.
Ora espreitem o trailer de Blindness, a adaptação da obra Ensaio sobre a Cegueira do nosso José Saramago, pela mão de Fernando Meirelles, o realizador da Cidade de Deus. Lá que promete, promete. Para estreia este Outono:
1 comentários:
Esqueci-me deste na minha cinemania :)
Acho que tenta copiar a estrutura do Magnólia, tem excelente actores e interprestações mas falta-lhe uma coerência interna. As histórias parecem roupa estendida num estendal, contíguas mas debilmente ligadas, além de que os saltos temporais são um pouco confusos.
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