Vivo na crença profunda de que a beleza modifica tudo aquilo que toca e que, depois de contaminado pela beleza, nem o mais sanguinário dos monstros permanece o mesmo.
Um dos meus pintores favoritos, Luis Royo, explora este tema como ninguém.
Subversive Beauty é uma das suas colectâneas de trabalhos, feito livro. Deixo-vos também o site oficial para que possam conhecê-lo melhor.
2 comentários:
Os teus quadros são mais bonitos :)por falar nisso não pintas a fealdade? ou os pesadelos?
Gostei do Royo. Um bocado apocaliptico mas muito intenso.
jitos miguita
Olá Isa :)
Obrigada pelo elogio! Acho que Royo tem uma técnica fabulosa e adoro as suas criaturas.
Eu não pinto os meus pesadelos.
Vou contar-te um segredo: tenho medo de lhes dar vida, porque a tinta é o sangue dos sonhos. A sério. Morro de morte de os materializar. Seria como soprar a vida eterna sobre seres que desejo subterrâneos e intocáveis.
Sendo assim, as criaturas que podem ganhar vida na minha sala só podem ser criaturas aladas de amor, de beleza e de tranquilidade.
Já pintei algumas vezes os meus pesadelos, mas escondi os quadros ou livrei-me deles. Não quero ter de olhar para eles. Não me interpretes mal: resolvo-os internamente mas não regurgito nesse pantâno artístico de dor e de naúsea. Prefiro mil vezes inspirar o tutâno da vida pela sua luminosidade do que pelo seu "dark side".Kissinhos!:*
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