Quisera ser eu sopro da tua passagem
Pudesse eu avassalar os teus lábios
Para te saborear, p'ra sempre, em mim
Quisera ser eu a tua seda e alinhavo
Pudesse eu dobrar cada camada de ti
em vinco invísivel, p'ra sempre em mim
Quisera ser eu a tempestade, o naufrágio
Pudesse eu ser o promontório, o derradeiro abrigo
P'ra te proteger, p'ra sempre de mim
Quisera eu ser assim eternamente
pudesse eu ser simplesmente tua
2 comentários:
é lindo quando deixas sair estas coisas de ti, quando deixas que as tuas mãos traduzam, seja com um rabisco num guardanapo (sim consegui ler até ao texto das coisas que gostas, entre eles os rabiscos) na pintura, na escrita ou simplesmente com na doçura e mestria com que apertas o laço de um presente, o que vai nessa alma imensa, nesse turbilhão de pensamentos que privas o comum dos mortais de ler em ti.
muito bonito mesmo.
beijos, muitos.
sublime! simplesmente de tirar o fôlego, amiga.
adorei esta parte:
"quisera ser eu a tua seda e alinhavo/ pudesse eu dobrar cada camada de ti/ em vinco invisível, para sempre em mim"
há pessoas que permanecem em nós como vincos eternos.
Lindo.
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