Já tinhamos escrito por aqui o preview de Coraline. E ficam três adjectivos depois do visionamento: criativo, imaginativo e extravagante. Como a animação deve ser. Os efeitos visuais estão um luxo e a tecnologia 3D dá uma magia e envolvência que apela à imaginação, tudo envolto numa belíssima história mágica, bem contada e muito, mas mesmo muito bem desenhada. O argumento de Coraline é baseado num conto de Neil Gaiman e conta-nos a história de Coraline, uma menina que atravessa uma porta secreta na sua nova casa e descobre uma versão alternativa da sua própria vida. O que inicialmente parece um mundo de deslumbramento, onde tudo é melhor, mais belo e divertido, vai, aos poucos revelando a sua verdadeira essência de armadilha fatal, relembrando a afirmação "tem cuidado com o que desejas, pois pode tornar-se realidade". A realidade de Coraline fica em perigo e ela terá de se munir de persistência e coragem para recuperar a sua vida real. Esta é uma animação com uma amplitude etária muito alargada. Tanto seduz facilmente crianças e jovens como adultos. É uma história capaz de interpretações subjectivas muito interessantes entre-linhas, cheio de mensagens e simbologias, com as sucessivas alterações e evoluções de personalidade da própria Coraline, as latentes mensagens psicológicas escondidas no mundo paralelo e nas próprias acções das personagens. A criação paralela de mundos inventados, onde tudo é côr-de-rosa e perfeito avisa desde os primeiros instantes o espectador do custo de tal perfeição, como se desde o início se sentisse que algo estaria profundamente errado naquele mundo. Porque a imperfeição e as outras cores também fazem parte de nós e da própria felicidade. Coraline relembra a herança timburtiana (Tim Burton) do fantástico Nightmare Before Christmas revisitando algumas técnicas de animação deste gigante da animação. Mas é na magia da imaginação que está, sem sombra de dúvida, o maior forte desta película. E vão ver. Pelas vossas alminhas, não percam.
Saber dizer “Não” e impor limites
2 years ago
3 comentários:
Gostei.Está mto bom.Tem várias msg interessantes no q diz respeito ao fascínio q um mundo inventado à medida pode ter e do seu perigo.Eu cá sei quem é q devia ir ver este filme, uma certa menina q vive 1 vida inventada mas pronto é lá c ela e cd um lá sabe dos botoes q mete nos olhos.E vcs tb n querem ter nd c isso!
Tambem me estou a lembrar de uma menina que por vezes...e não são pcs...vive num mundo de faz de conta...onde é preciso ter muito cuidado porque o que se deseja pode tornar-se realidade!...e não ser essa a realidade que efectivamente se deseja que aconteça,porque o que inicialmente parece um deslumbramento,rápida e fácilmente se torna num "nightmare",numa armadilha... e é preciso muita coragem e sobretudo persistência para se voltar à vida real...Deve ser relmente muito bom!Vamos vê-lo assim que pudermos...e aconselhar a tal menina e outros vivamente a vê-lo!Obrigado pela sugestão maninha!Beijokinhas boas!...
Olá maninha ;) há uma idade em que viver no mundo da fantasia não e assim tão grave e aos 19... Bem, suponho que em qualquer idade há tempo para tudo. O que é realmente preocupante é a alienação total da realidade, da responsabilidade e do nosso papel no mundo e para nós próprios.
Anónimo: já não me dou ao trabalho de apagar mas este não é o local para deixar recadinhos a terceiros. Resolvam lá isso nos vossos quintais, pode ser? E não é nada bonito não assinarmos o que dizemos...
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