Não é a formosura e a beleza que mais impressionam. É outra coisa mais vaga, translúcida: a delicadeza. Essa beleza frágil de brocados de filigrana e pó de giz. É uma saia branca a ondular, um laço de cetim apertado na cintura por mãos delicadas, um gesto, uma madeixa que o vento desfez, uma palavra ciciada em lábios cúmplices, a flor vermelha que a boca de uma mulher trincou. É o cabelo caído sobre a cara em mistério e sedução, é a pele a pulsar rente à pele, é o não dito pelo dito, é a telepatia nas pequenas coisas, é o ressoar de gargalhadas cansadas, mas persistentes, sob a luminosidade de um céu de candeeiros citadinos de halogéneo.
2 comentários:
na impossibilidade de colocar aqui a imagem, fica o link :)
http://photos1.blogger.com/blogger/4368/2147/320/spoiled.2.jpg
Beijo
Sim, isso tudo impressiona. Essas sintonias vagas e tão profundas, essas metades de um todo...
um beijo
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