Esta é uma história triste e revoltante. A história de um povo que mergulhou numa guerra civil monstruosa e que, conflito após conflito, morte após morte, atrocidade após atrocidade, acabou por ter na pergunta "manga curta ou comprida?" a sua linha mais marcante. É a história de um povo dividido entre a riqueza incompreensível dos diamantes e do seu significado no mercado internacional e a sua própria divergência tribal. Este é o povo com o menor indíce de desenvolvimento humano do planeta e o maior em mortalidade infantil, onde crianças-soldado amputam outras indiscriminadamente, vítimas da sua própria sorte, abandonadas por Deus e pelo mundo à sua própria cegueira de ódio e fome. Um filme perante o qual não podemos deixar de nos sentir responsáveis, de enrolar o estomâgo num nó e sair mudos perante a nossa natureza auto-destrutiva.
A Serra Leoa tem actualmente uma situação de frágil equilíbrio, tendo como forma de governo uma república presidentalista. Segundo a OMC, desde o final da guerra civil no país em 2002 e a eleição democrática de Ahmad Tejan Kabbah como presidente, a Serra Leoa “tem feito intensos esforços dedicados a fortalecer a parte jurídica e institucional para a elaboração de umas políticas coerentes e sólidas e para promover a diversificação das exportações e dos mercados”. O crescimento ecónomico é visível, sobretudo depois do processo de Kimberley, segundo o qual um dos principais requisitos é a obrigatoriedade de mostrar o certificado de origem dos diamantes que sejam comercializados. Conforme a OMC, o cumprimento desse requisito pela Serra Leoa tem contribuido para que o país atravesse por um considerável crescimento do comércio dos diamantes registados, o que tem representado um aumento da renda, ainda que se mantenha o trabalho infantil na maior parte das minas de extracção.
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