E começam hoje na Prova Oral uma série de emissões dedicadas ao tema do momento, a despenalização da interrupção voluntária da gravidez.
Em cada uma delas importa perceber o que defende cada uma das partes e discutir de forma racional o que está em jogo no referendo que se avizinha. A este propósito a Antena 3 criou um blog apenas para este efeito: antena3pelosimpelonao e é nele que devem deixar as vossas opiniões não só na emissão de hoje como também nas próximas emissões sobre o tema.
Já noutras ocasiões nos pronunciamos quanto a este tema: neste mesmo blog, ver abaixo 09 Janeiro. E pronunciamos de novo. Como neste blog podemos ser parciais à vontade, pois cá no estaminé ainda só somos duas a mandar, cá ficam mais alguns motivos para pensarem nisto e não deixarem de conversar com os vossos amigos, colegas, conhecidos, vizinhos, e demais populaça que pela vossa vida passe da importância de ir votar SIM neste referendo e acabar de vez com a hipocrisia que envolve um tema que antes de mais é um problema de saúde pública.
Em cada uma delas importa perceber o que defende cada uma das partes e discutir de forma racional o que está em jogo no referendo que se avizinha. A este propósito a Antena 3 criou um blog apenas para este efeito: antena3pelosimpelonao e é nele que devem deixar as vossas opiniões não só na emissão de hoje como também nas próximas emissões sobre o tema.
Já noutras ocasiões nos pronunciamos quanto a este tema: neste mesmo blog, ver abaixo 09 Janeiro. E pronunciamos de novo. Como neste blog podemos ser parciais à vontade, pois cá no estaminé ainda só somos duas a mandar, cá ficam mais alguns motivos para pensarem nisto e não deixarem de conversar com os vossos amigos, colegas, conhecidos, vizinhos, e demais populaça que pela vossa vida passe da importância de ir votar SIM neste referendo e acabar de vez com a hipocrisia que envolve um tema que antes de mais é um problema de saúde pública.
Ninguém está a perguntar onde começa a vida. Ninguém está a perguntar se concordamos com o aborto. Ninguém está a perguntar pelas nossas convicções religiosas. Ninguém está a perguntar se concordamos com o referendo.
Pergunta-se tão simplesmente se devemos continuar a julgar como criminosas mulheres que por razões que não nos cabe a nós julgar, tiveram de recorrer a esta solução para uma gravidez indesejada. Os motivos que envolvem uma decisão dessas não são por certo menores ou puro acto de negligência e irresponsabilidade. Nem a despenalização vai provocar um aumento do número de abortos. Quem tem de o fazer faz na mesma, e não é a legalidade ou a ilegalidade que pesa, como bem podemos ver pelo número de mulheres que a ele recorre clandestinamente.
O problema são as inúmeras sequelas que ficam, a infertilidade, a morte de mulheres a quem não foi dada a possibilidade de um atendimento médico seguro e adequado. É antes de mais uma questão pessoal e não passível de julgamento legal. Do ponto de vista moral podemos sempre recriminar o aborto, mas não cabe aos nossos juízes julgar moralmente os cidadãos. Uma religião pode fazê-lo e podemos decidir se queremos ou não cumprir um certo código deontológico. Mas não os nossos tribunais.
Pergunta-se também se essa deve ser uma decisão da mulher e num tempo delimitado que a lei permitirá (se ganhar o SIM) para a interrupção: 10 semanas.
Se num período ainda tão inicial, sem risco para a mulher e por métodos não intrusivos, a mulher decidir abortar, a ela cabe decidir.
Esta é uma questão sensível e num mundo ideal seria sempre responsabilidade dos dois progenitores decidir. Mas num mundo ideal também não seria necessário abortar e poderiamos todos conceber crianças felizes e desejadas. Mas não vivemos nesse mundo ideal. Então a mulher é, em rigor, a maior responsável pela gravidez. É ela que é julgada (nunca subiu a nenhum banco de réus o homem). Aliás, será ela que carregará 9 meses a criança no ventre. Será ela a dar à luz. Mas não será ela também a maior vítima de pressão para abortar no caso do pai que não quer assumir um filho? É também para a proteger desta situação que se reserva ao seu juízo a decisão final de uma interrupção de gravidez e não para atender a caprichos feministas como muitos parecem querer dar a entender.
Por estes e outros motivos temos de ir todos votar no dia 11 de Fevereiro. Nem que isso implique ir de norte a sul do país apenas porque continuamos recenseados lá na terrinha. Esta é "A" oportunidade que temos de mudar o estado de coisas neste assunto. Não votar implica compactuar com a hipocrisia, com o cinismo, com o NÃO que tantas vezes se esconde por detrás de sim's discretos, sim em Badajoz, sim numa qualquer clínica privada, sim endinheirado em qualquer outro sítio longe dos olhares dos pares sociais, sendo quem menos pode o culpado do costume, o julgado, o lesado.
1 comentários:
Eu voto SIM, mas acima de tudo VOTO!
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