São eles Expiação de Joe Wright , Cassandra's Dream de Woody Allen e Jogos de Poder de Mike Nichols.
Começando por Expiação, (trailer) não é por acaso que ganhou o Globo de Ouro de Melhor Filme Dramático. "Juntos pelo amor. Separados pelo medo. Redimidos pela esperança" esta adaptação do best-seller de Ian McEwan realizada por Joe Wright, com Keira Knightley e James McAvoy é arrebatadora em todos os pormenores. Desde a banda sonora absolutamente deslumbrante dirigida por Dario Marianelli ao desempenho imaculado dos actores, da fotografia magistral, vencedora igualmente do Globo de Ouro de Melhor Fotografia, aos pormenores dramáticos, tudo se conjuga para que Expiação seja um filme denso, sumptuoso e uma experiência única que nos consome até ao último sopro, deixando-nos suspensos entre sentimentos tão díspares como o desejo, o remorso e a redenção, na linha ténue que separa a felicidade do tormento, deparamo-nos com um portentoso filme que tão cedo não esqueceremos. http://www.atonementthemovie.co.uk/site/site.html
Cassandra's Dream de Woody Allen (trailer) tem como tema central a ambição e até onde cada um vai para alcançar o que quer. Denso drama moral, à maneira de Match Point, onde Allen magistralmente adensou o limite da acção moral como dependente da linha ténue que rege a consciência e muitas vezes a própria sorte. Este Sonho de Cassandra não é tão magistral no ritmo e densidade, mas é igualmente uma marca desta nova era de Allen pelas pantanosas regiões da consciência e da acção humana. Há muito que o humor fácil e leve ficou para trás, para dar lugar a um realizador denso, maduro e ainda mais, muito mais mordaz! Ewan Mcgregor e Collin Farrel legitimam as duas personagens centrais do enredo, numa actuação à altura do argumento. Um outro pormenor a destacar é como toda a trama é montada e como a acalmia aparente de muitas cenas tem já em si a génese da desgraça, percepcionada em doses minúsculas pela densidade da banda sonora que acompanha toda a acção. A não perder, meus amigos! http://especial.sapo.pt/cassandra/
E, last but not the least, Jogos de Poder de Mike Nichols (trailer). Com três monstros do cinema, Tom Hanks, Julia Roberts e Philip Seymour Hoffman, Jogos de Poder é um exemplo de astúcia e ironia, numa ácida e bem construída trama em que os jogos palacianos da política podem salvar ou condenar um povo. Demonstrativo do poder explicito e sobretudo o subreptício dos EUA sobre o mundo, nem que seja no outro lado do planeta e do seu sistema interno de poder, os seus processos políticos, burocráticos e operacionais. Com diálogos deliciosos, este filme revela o incómodo do governo reageniano nos anos 80, construindo uma ponte de desconforto para a administração Bush actual. Nichols, com punho firme, leva-nos pelos meandros do apoio clandestino concedido pelos EUA (via organismos como a CIA) aos "mujahedeens" que, no Afeganistão, combateram a invasão soviética. E daí o tal desconforto, pois a ser verdade que Osama Bin Laden era um desses "mujahedeens", são evidentes as consequências e implicações deste Jogos de Poder.
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