Made of Honor ou Padrinho mas Pouco
Com: Patrick Dempsey, Michelle Monaghan, Kevin McKidd
Argumento: Adam Sztykiel
O trailer já anunciava uma comédia romântica despretensiosa e sem grandes lamechices. E de facto foi uma agradável surpresa de boa disposição e que recentra o amor na sua base mais significativa e profunda. Esta é a história de dois melhores amigos que não podem viver um sem o outro, mas que nunca revelaram os seus verdadeiros sentimentos para além da amizade. Perante a ameaça de perda da sua melhor amiga para um duque escocês que a pediu em casamento, Tom enceta uma verdadeira demanda na reconquista desse lugar que era seu por direito, utilizando o facto de ser a "dama de honor" da noiva para a reconquistar. As cenas passadas na Escócia são deliciosas e levam-nos a passear não apenas nas suas lindissimas paisagens bem como a participar das tradições ancestrais do casamento tipicamente escocês. O ritmo do filme está no ponto e os diálogos simples mas bem construídos. Nós que não apreciamos o conceito de amor à primeira vista tão explorado noutras comédias românticas, adoramos esta história simples e representativa do amor que se faz e cresce todos os dias, das pequenas e das grandes coisas, das partilhas, dos segredos, das piadas que só nós entendemos, das vivências partilhadas e construídas juntos, por há tanto tempo sermos a voz um do outro. Eu cá gostei, é bonito. Vão ver.

O Incrível Hulk
Com: William Hurt, Tim Roth, Liv Tyler, Edward Norton
Argumento: Zak Penn, Edward Norton
Realização: Louis Leterrier
Eu só fui ver este pelo Edward Norton, confesso. Não vi o primeiro Hulk e apenas me arrastaram para a película do verdinho gigante que parte tudo quando se zanga ou excita (;)) porque gosto mesmo das interpretações deste senhor.
A história já todos sabemos: o cientista Bruce Banner procura desesperadamente uma cura para a radiação gama que envenenou as suas células e libertou uma fúria descontrolada dentro de si: O Hulk.
Eu gosto muito dos quadradinhos da Marvel, e se a primeira tentativa da passagem para a tela por Ang Lee foi um fracasso de bilheteira, este segundo parece estar a sair-se um pouco melhor. Pela mão do pouco conhecido Louis Leterrier e pela dupla Zak Penn - (o homem do 2º e 3º X-Men) - Edward Norton no argumento saiu algo com densidade psicológica, mas sobretudo com boas passagens de acção, desde a perseguição em plena Favela da Rocinha no Rio às lutas de titãs nas ruas de Nova Iorque, o resultado final é bem mais fiel aos quadradinhos e à série de TV dos anos 70.
Contudo por mais competentes que sejam Norton, Tyler ou mesmo o veterano Hurt nas suas actuações, aqui as suas personagens parecem caricatas, presas a um universo cristalizado de referências aos quadrinhos que as impede de acrescentar novas camadas aos papéis. Ficou a dica da continuidade para o nosso herói quando quase no final aparece Robert Downey Jr., que dá um arzinho de graça com a sua personagem Tony Stark/Homem de Ferro, deixando no ar a sensação de que, desta vez, a Marvel não só aprovou a performance de Norton como tem bons planos no futuro para esta personagem.

Speed Racer é uma bad trip!
Com: Susan Sarandon, John Goodman, Emile Hirsch, Christina Ricci
Argumento: Larry Wachowski
Realização: Larry Wachowski, Andy Wachowski
Meus amigos, este é mesmo para esquecer. Ao final dos primeiros 10 minutos já estavamos desesperadamente à procura das luzinhas que indicam no escuro do cinema a porta de saída de tamanha pastelada, como quem procura a salvação de um barco moribundo.
É um desperdício para actores veteranos como o são Susan Sarandon, John Goodman ou Christina Ricci. Um desperdício de tempo - foram 10 anos de filmagens num vai-não-vai-que-fazemos o filme - um desperdício de milhões e de talento criativo dos manos Wachowski, os magos do Matrix. A promessa da adaptação do famoso desenho animado ao grande ecrã resulta num histerismo infantilóide, de argumento pobre e demasiado estilizado visualmente, unicamente apelativo a crianças incrivelmente pouco críticas ou que sofram de paralisia cerebral bem como a apreciadores incondicionais do plasticismo virtual das consolas de jogos.

Vão mas é para a praia!

Na calha para vermos esta semana:
O desconcertante The Hapening (O Acontecimento) de M. Night Shyamalan, para muitos o melhor realizador de suspense desde Hitchcock.

Death Defying Acts (Houdini - O Último Grande Mágico) de Gillian Armstrong, porque adoro mágicos - sempre foi o tipo de homem misterioso que me conquista.

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