Deixei pousar minha boca em tua fronte toquei-te a pele como se fosses harpa escorreguei em teu ventre como o vento e atravessei-te em mim como se fosse farpa
Deixei crescer uma vontade devagar deixei crescer no peito um infinito morri da morte lenta do desejo e em cada beijo abafei um grito
Quando desfolho o livro velho da memória sinto que o tempo passado à tua beira é um espaço bom que há na minha história e foi bonito ter dito companheira
Inventei mil paisagens no teu peito rebentei de loucura e fantasia quando me olhavas devagar com esse jeito e eu descobri tanta coisa que não vias
Havia em ti uma forma grande de incerteza que conseguias converter em alegria havia em ti um mar salgado de beleza que me faz sentir saudades em cada dia
Quando desfolho o livro velho da memória sinto que o tempo passado à tua beira é um espaço bom que há na minha história e foi bonito ter dito companheira
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Deixei pousar minha boca em tua fronte
toquei-te a pele como se fosses harpa
escorreguei em teu ventre como o vento
e atravessei-te em mim como se fosse farpa
Deixei crescer uma vontade devagar
deixei crescer no peito um infinito
morri da morte lenta do desejo
e em cada beijo abafei um grito
Quando desfolho o livro velho da memória
sinto que o tempo passado à tua beira
é um espaço bom que há na minha história
e foi bonito ter dito companheira
Inventei mil paisagens no teu peito
rebentei de loucura e fantasia
quando me olhavas devagar com esse jeito
e eu descobri tanta coisa que não vias
Havia em ti uma forma grande de incerteza
que conseguias converter em alegria
havia em ti um mar salgado de beleza
que me faz sentir saudades em cada dia
Quando desfolho o livro velho da memória
sinto que o tempo passado à tua beira
é um espaço bom que há na minha história
e foi bonito ter dito companheira
"Companheira" de Pedro Barroso
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