Vem comigo. Acompanha-me na viagem morna do desejo. Dá-me a mão. Essa mão que entrelaças perfeitamente na minha mesmo sem querer. Só peço que venhas comigo. Que me abraces muito e que deixes a mala de viagem no carro.
Vem comigo. Percorrer estradas longas e horizontes amplos como os nossos braços abertos. Dá-me o teu sorriso. Esse sorriso que me desarma em silêncio cúmplice. Só peço que venhas comigo. Que me beijes muito e que deixes as hesitações na distância dos dias.
Vem comigo. Alcançar estrelas com os dedos, agarrar sonhos num salto de mãos dadas. Dá-me o teu carinho. Ajuda-me a desenleá-lo da rede das dúvidas, a tirá-lo do cais dos infelizes. Só peço que venhas comigo. Que me fales de ternura, quero deixar a definição das coisas no dicionário.
Vem comigo. Tecer portas transparentes de evasão, sentir a areia de outras paragens nos pés. Dá-me o teu amor. Esse que já não quero conter em caixas seguras com tampa de identificação pois o seu exotismo não conhece nome nem função. Só peço que venhas comigo. Que me ames muito sem tempo nem espaço nem nada mais que nos possa limitar.
Vem comigo. O meu reino, meu amor, por um momento de eternidade contigo.
2 comentários:
Baixei os punhos, deixei de me defender e deixei que me abraçasses. Deixei o teu hálido luminoso entrar pela minha alma dentro. Fui.
Deixei-me ir. Estendi a mão que encontrou a tua mão. Ambas retalhadas dem pedacinhos de panos, restos de dias, a que chamam memórias.
Dou-te o meu sorriso cúmplice, o sorriso magoado e triste, não sei sorrir como tu de forma cristalina como as estrelas, o meu sorriso é nocturno e tímido, quase imperceptível. Dou-te tudo o que tenho agora nos bolsos e vou contigo. Sem pressa de te seguir, desta vez vou ao teu lado por caminhos outros.
Vou contigo na minha própria viagem, ou não fosse eu Chihiro, a menina que se senta ao lado do Monstro do Nada. Vou contigo à procura do amor, de nós, não do que fomos, mas do que seremos.
Dá-te o teu amor, a tua capacidade de sonhar acordada como eu. Vem comigo urdir o dia e a noite, amanhar as nossas feridas e sopra-las para longe como nuvens de tempestade. Vem comigo desacreditar o vazio e fazer dele o corpo das praias desertas onde nos protegemos do frio e do vento uma contra a outra.
Vem comigo preencher os espaços, fazer passeios pela cidade, inventar segredos, espantar os medos.
Vem comigo. O meu reino, meu amor, por um momento de eternidade contigo.
Eu vou...
Ai... como eu gostava que este convite me fosse endereçado. Era já! Até casava!
Ainda sonho um dia casar contigo.
Já sei a resposta: continua a sonhar! EHEH
beijinhos jamaiquinha! que saudades da tua voz morna na rádio.
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