o deitar não sabe a ti
à mão esquecida no meu ventre
arrepio leve do teu respirar
boa noite, meu amor
hoje, meu amor,
a lua evoca o teu abraço
cobre-me o corpo com a solidão
com a surdez de nada escutar
boa noite, meu amor
hoje, meu amor,
o vento trás o vazio nas mãos
a frescura pálida no olhar
cegueira dos que nada veêm
boa noite, meu amor
hoje, meu amor,
não te desperto no meio da noite
na minha nudez desarmada
não me vivo para te sentir
boa noite, meu amor
hoje, meu amor,
sou cofre de noites sonhadas
sou a solidão das multidões
frio da cama em que não adormeci
boa noite, meu amor.
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