Com: Hugh Jackman, Christian Bale, Michael Caine, Scarlett Johansson, David Bowie
“Éramos dois mágicos no início de uma carreira brilhante. Dois jovens inteiramente dedicados a uma ilusão.”- Alfred Borden, The Prestige
Site oficial: The Prestige
Um argumento fantástico construído sobre um drama de enganos muito bem equilibrado pela realização. Um elenco de luxo e representações que isso mesmo comprovam. Não seriam muito dizer que este filme é simplesmente mágico pela sua capacidade de nos surpreender a cada instante fazendo surgir constantemente novos factores dinamizadores da narrativa. Um turbilhão de ilusões, emoções num crescendo de intensidade que nos agarra ao ecrã na esperança entusiasmada de descobrir o terceiro passo do filme - The prestige.
Realização: Alejandro González Iñárritu
Com: Brad Pitt, Cate Blanchett, Mohamed Akhzam, Gael García Bernal
Site oficial: http://www.paramountvantage.com/babel/
Se palavras não tivesse, palavras se dispensaria tal é o impacto visual do filme.
“Babel” relata a dificuldade de comunicação entre o Homem, mas apesar da história se desenrolar em três continentes e escutarmos cinco línguas diferentes, a linguagem está longe de ser o principal entrave. A exploração é centrada nas convicções culturais, na forma como as nossas diferenças nos afastam de uma conexão humana genuína. Narrando quatro histórias distintas, distanciando ao início as suas personagens de forma linguística e geográfica, Iñárritu vai destapando lentamente o véu que oculta o elo cronológico e casual que as une.
As implicações bíblicas do título (Genesis 11:1-9) referem-se a uma Humanidade unida através de uma só língua na edificação de uma torre que rompesse os céus e alcançasse Deus. Irado com a arrogância altiva do Homem, Deus fez o idioma comum partir em milhares deles, cessando a cooperação da gigantesca construção. Aqui o conceito é aplicado ao actual panorama sócio-político um pouco por todo o mundo e a uma inaptidão geral de correspondência seja qual for o nosso estatuto social ou familiar.
Cortes precisos, alterações de tom de voz, músicas assombrosas, mudanças temporais e cénicas vorazes pela sua dinãmica e close-ups audazes que geram forçosamente a implicação sentidos. Imbrincado como um sonho, directo como a trajectória de uma bala, “Babel” coloca o dedo numa série de feridas da civilização. As palavras poderão revelar-se ininteligíveis mas a eloquência de uma expressão de dor, medo ou agonia é inolvidável, especialmente quando nos sentimos sufocados pela solidão, num mundo que não se esforça para alimentar uma associação connosco. Excepto num ponto. Num ponto cujas fronteiras se mostram incapazes para definir separações, um elo de ligação comum entre o Homem, uma linguagem universal: a Dor. É o sofrimento que nos liga, adificuldade de construção do Amor, a impossibilidade de sermos tocados por Amor, a impossibilidade de tocarmos alguém com Amor, a impossibilidade de um Amor perpétuo que nos sobreviva.
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