Para aqueles que pensavam que isso era em Paços de Ferreira, desenganem-se. É mesmo ali em Alfragide, num mega espaço ao estilo pirâmide do Egipto do móvel e ainda por cima têm um refeitório catitíssimo com uns rolos suecos de salmão deliciosos para uma pausa merecida depois da caminhada herculia entre prateleiras, cozinhas, sofás e móveis de todos os géneros e feitios, já para não falar dos nomes inomináveis das colecções que depois temos de pedir gaguejando no nosso melhor sueco aos simpáticos senhores de camisola azul: quero a estrutura URDEN, na cor VÄRDEN, bancada TIDAHOLM, com superfície LINJÄR por favor! Ele é de loucos. O Nuno Markl tem uma teoria sobre a forma como são inventados os nomes dos móveis do IKEA: “Eu acho que os nomes dos objectos do Ikea não querem dizer nada. Eu acho que, a cada peça nova que eles criam, há um computador que gera uma nova combinação de letras. Ou um tipo que foi contratado para tirar peças de Scrabble de um saco. Quando lhes saiu BILLY foi por mera sorte. Não admira que eles digam que a estante BILLY é o best-seller deles. É o único nome que um desgraçado consegue dizer sem receio de se enganar. “Quero uma estante MKOLSKN… MKOLKN… MKLO… Eh pá, esqueça - quero uma BILLY, porra.”
Desta vez o que nos levou lá foi a cozinha. A nossa cozinha precisa urgentemente de reforma. Os móveis têm uns 50 anos, estão empanados, feios e pior ainda, denunciam o perigo de derrocada eminente devido ao peso que suportam todos os dias, além da falta de uma mesa para refeições.
Só que há um problema grave na nossa cozinha: é mesmo pequenina. Pequenininha, pequeniníssima. Mas há uma coisa fantástica no IKEA: além de um programa catita que nos é oferecido em CD para construir virtualmente o espaço e arrumar os correspondentes móveis do catálogo, têm uma outra coisa que me deixou deslumbrada: uma maqueta real, em cartão, com as peças correspondentes aos electrodomésticos e demais acessórios e móveis, com íman que agarram à estrutura cartonada. Aquilo foi a loucura! Aquilo é que era um brinquedo que eu gostaria de ter tido nas manápulas aos 10 anos, ora bolas. Mas não faz mal, continuo a gostar na mesma. E foi ver-me agarrada às peças, na loucura viciante que um lego sempre exerceu em mim, a construir seriamente, brincando aos designers de interiores, naquilo que seria a minha futura cozinha. Claro que giro, giro era poder abrir com um giz mágico (como no Labirinto do Fauno) uma porta na parede ou poder alargar dessa forma a pequenez da minha humilde cozinha, mas lá que deu para sonhar deu. Obrigada IKEA, por este belo momento!
Gosto da forma como alargam os nossos conceitos e como algumas das suas soluções resultam claramente do pensamento “out of the box”. Ora vejam o link abaixo: http://www.ikea.com/ms/pt_PT/PS/index_content.html
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