Livres as pedras surgem para o silêncio,
construção lenta e progressiva
de cada visão que do sonho se alcança
no seu deslizar nocturno,
libertando do peso o corpo.

E o sono é múltiplo em si mesmo
persistente e fixo
um movimento que avança
sempre além de cada momento
um retorno constante,

lucidez que extravasa a memória,
que se sublima e se expande
em movimento espiral
até ao limite frágil do tempo
que se aproxima inexistente.
Rui Almeida

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