Bom fim-de-semana

Saturday, February 28, 2009 | 4 Comments

Vamos recolher as asinhas e dormitar languidamente... e fazer outras marotices também!

O meu IPhone!

Friday, February 27, 2009 | 3 Comments


Esta semana o meu rapaz ofereceu-me um IPhone e a minha pergunta é só esta: Como é que eu pude viver este tempo todo sem isto?!?Hã? Alguém me explica? É que está lá tudo. Mesmo! A sério! O meu primeiro Apple... dizem que depois do primeiro já não há volta.

Segunda perguntinha: sou ou não sou uma miúda cheia de sorte?

I am the escaped one

Friday, February 27, 2009 | 0 Comments


I am the escaped one,
After I was born
They locked me up inside me
But I left.
My soul seeks me,
Through hills and valley,
I hope my soul
Never finds me.

Fernando Pessoa

No rescaldo do The Reader...

Friday, February 27, 2009 | 1 Comments

Há pessoas que aparecem na nossa vida com a mesma função que as calamidades naturais têm para o planeta. No fundo, faz tudo parte da dinâmica da natureza e dos seus equilíbrios. Tal como os campos e as florestas se renovam pelo fogo ou as plantações florescem depois das enchurradas, da mesma forma a alma se renova com a passagem devastadora que certas pessoas trazem à sua travessia por nós. Precisamos de ter as planícies do coração esventradas, as certezas outrora plantadas tão convictamente arrancadas pelas raízes, os sentimentos mais sagrados despidos e arrastados à tona da enchente impiedosa.
Por vezes recuperamos, mas outras vezes há em que a tempestade deixa laivos húmidos de dúvida e de dor a entranhar-se pelo subsolo da nossa alma, para a surpreender em momentos que nos julgavamos já a salvo de qualquer abalo. 
Estas calamidades da nossa natureza, da natureza intrínseca e vulnerável do ser humano, não possuem ainda escalas fiáveis de medição nem aparelhos sofisticados de detecção e prevenção. Resta-nos esperá-las, acolhê-las e reconstruir tudo de novo, se possível. Por mais que queiramos, a alma é constituída por substâncias inconstantes e voláteis e a ciência continua às cabeçadas para conseguir entender como colocar uma ordem neste caos afectivo que todos somos.  Talvez o amor seja matéria incognoscível e esteja sujeito apenas às leis da sensibilidade e não às do entendimento.
Tantas coisas boas no mundo da cinemania. Destacamos das actuais propostas em cartaz, O Estranho Caso de Benjamin Button, Milk, The Reader, Slumdog Millionaire e Vicky Cristina Barcelona. O nosso preferido para o Óscar de Melhor Filme era o Estranho Caso de Benjamin Button, pela originalidade do argumento, excelente caracterização e perfeita orquestração das personagens. Ahhhh e pela Cate Blanchet que está breathtaking!
Milk tem um trabalho de interpretação imaculada, em grande parte devida ao talento interpretativo de Sean Peen. Vicky Cristina Barcelona é mordaz e provocador, como Woody Allen já tão bem nos habituou e a identificação com as perspectivas de vida menos ortodoxas e excessivas não deixa de nos causar um sentimento de pertença e de identificação muito forte. Dá vontade de apanhar o próximo avião para Barcelona...
The Reader era um dos favoritos aos óscares e valeu a Kate Winslet a estatueta dourada, Ralph Fiennes e David Kross estão também muito credíveis e com actuações sólidas. Fiennes no apático e distante Michael adulto e David Cross arrabatador na pele do jovem e apaixonado Michael. Não sendo um argumento tão original como os outros candidatos aos óscares, é um filme que levanta várias questões de peso. Desde logo o tabu relativo ao amor e ao sexo entre um adulto e um adolescente. Depois, e ainda mais provocadora é a abordagem não moralista da culpa alemã. Ética, moral e lei sao entrecruzadas numa teia que não perde nunca de vista o carácter romântico e central da história de amor em causa.
Não percam a oportunidade que este ano nos foi dada... ao contrário do ano passado, este ano todas as fitas relevantes na corrida às estatuetas passaram por Portugal. É pegar nos bilhetes e apreciar! ;) 



As Intermitências do Amor

Wednesday, February 25, 2009 | 2 Comments

Amar em intermitências é amar aos bocadinhos. Cada dia um bocadinho mais, cada dia, às vezes, um bocadinho menos. 
Amar em intermitências é ter dentro uma escala de Richter e nunca saber qual o grau do abalo. Mas saber que é devastador.
Amar em intermitências é encher o peito de felicidade e não conseguir esvaziá-lo.
Amar em intermitências é ter um formigueiro de palavras alinhadas nos lábios prontas a dizer o quanto te quero e ficar paralizada num plano mudo ensurdecedor.
Amar em intermitências é ser-se de pudim, é tremer se te aproximas demais. É como ter Parkinson, mas sem direito a diagnóstico nem controlo possível dos sintomas.
Amar em intermitências é nunca te ter e ter-te sempre em mim. É piscar os olhos para acreditar que quando apareces afinal estás mesmo lá.
E é sentir-te o cheiro.
E é sentir-te o calor.
E ouvir-te a voz. 
E é sobrepôr ao presente outras imagens, numa partida travessa da memória. É sentir de volta o aroma doce da entrega, o deslizar da pele e dos beijos e dos sorrisos e das confidências e dos abraços e do corpo tão arqueado para te ter próximo... e tanto e tudo ao mesmo tempo em decalque por dentro do peito.

E é sentir-me tãooooo idiota!

Amar em intermitências é questionar-me: será que sabes o quanto te amo nesta intermitência em que vou sendo? Será que sabes que quando abandonas a minha presença continuas a existir nessas ausências longas em que não me olhas?
E é manter o olhar límpido, frio, cortante. E é manter a pose elevada e fazer de conta que nada te faz diferença. 
E é ficar feliz por ainda me fazer diferença a mim.



You're in the Army now!

Wednesday, February 25, 2009 | 3 Comments

Last monday night in a very kinky masquerade mood: G.I.Jane in a Sergeant pin up outfit and G.I.Joe boyfriend! Both in a very secret mission: having fun! :) 


You are my Electrical Storm

Friday, February 20, 2009 | 3 Comments

Há dias em que a pele está mais sensível e quase rompe ao toque. Há dias em os olhos navegam em aguadas sensações de abandono. Dias em que nos sentimos os maiores tótos. 
São os dias em que acreditamos em fadas, unicórnios e sereias. Porque nesses dias conseguimos mesmo vê-los e tocá-los! 
Hoje estou num desses dias-tóto em que o cérebro paralisa para poder deixar o corpo sentir. Vamos de fim-de-semana para dentro do coração. Please don't disturb!

Este vídeo deslumbrante já estava na nossa barra lateral, mas hoje apeteceu-nos mesmo colocá-lo aqui. Foi realizado por um grande senhor, Anton Corbijn, e a mim parece-me um daqueles achados que devemos guardar no bauzinho secreto dos tesouros.

My Hank Moody!

Friday, February 20, 2009 | 2 Comments


Tenho visto de uma forma aleatória alguns episódios do Californication e acho que deve ser a primeira vez que escrevo aqui sobre uma série de televisão. Mas há uma 1ª vez para tudo, right?
A 1ª vez em que assisti a Californication senti um certo descorforto irónico em relação à personagem do David Duchovny...
Claro que o David não tem as covinhas amorosas que fazem de Arawn um gajo encantador e irresistível quado sorri (para mim pelo menos), mas tem certas peculiaridades de personalidade realmente idênticas! O nosso Hank não é escritor, nunca foi alcoólico e não tem a tara das adolescentes, mas em ironia, talento, indisciplina, humor, desconcerto, irrascibilidade, encanto e sexaddiction é uma fotocópia chapada. Valha-nos ser um gajo estável e sem crises existenciais, o que já é um achado nos dias que correm! E também gosta de atirar piadolas desconcertantes nos piores momentos e tudo!
Ah... gosto na mesma de ti! Mesmo Hank Moody e tudo! 

A série de Tom Kapinos é um pot-pourri de humor, sarcasmo e algum drama, com ligeiro pendor para doses recorrentes de sexo e drogas. E recomenda-se!

Vaza-me os olhos

Thursday, February 19, 2009 | 1 Comments

"Vaza-me os olhos: continuarei a ver-te,
tapa-me os ouvidos: continuarei a ouvir-te,
mesmo sem pés chegarei a ti,
mesmo sem boca poderei invocar-te.
decepa-me os braços: poderei abraçar-te
com o coração como se fosse a mão.
Arranca-me o coração: palpitarás no meu cérebro.
E se me incendiares o cérebro,
levar-te-ei ainda no meu sangue."

Rainer Maria Rilke (1875-1926)

Quando li este poema no blog da Sininho confesso que senti muitas coisas ao mesmo tempo e pensei que morrer de amor só pode ser algo parecido com isto... E já lá andei mesmo muito pertinho. Isto será coisa boa? :)

All we want is to move forward

Thursday, February 19, 2009 | 6 Comments

Antes eu acreditava em almas gémeas. 
Não que eu viva com uma! Até porque é notório para qualquer alminha que nos conheça dar-se conta que discordamos um do outro pelo menos umas cinquenta vezes por dia. No entanto vivo com uma alma que não sendo gémea e sendo por vezes tão irritantemente diferente de mim, acaba sempre por me entender, aceitar e amar, porque no fundamental e naquilo que realmente conta depois das portas fechadas, é termos esta sintonia peculiar quanto ao que realmente queremos na vida... Pois, parece impossível não é? Parece impossível e mais giro que isso é parecer que irrita muita gente.

Mas, dizia eu, antes acreditava em almas gémeas. Acreditava em amizades que durariam até ao final dos tempos. Do meu tempo útil de vida, pelo menos. Acreditei uns aninhos valentes nisto.
Dantes acreditava que existiam pessoas que me achavam mesmo especial e única. Pessoas que completavam as frases que eu ia dizer. Pessoas que me eram gémeas até nas imperfeições que nelas tanto amava. Que tinham lido e que, diziam, se tinham apaixonado pelas mesmas palavras que eu. Que gostavam dos mesmos filmes, das mesmas música, das mesmas tretas parvas e patetas que nunca confessaria a qualquer outro amigo/conhecido não-gémeo/a. Pessoas essas que poderia acarinhar e proteger sem receios ou limites. Pessoas sintonizadas para nós.
E descobri, pelas voltas e reviravoltas da vida, que aqui a je não passava de mais uma das 160 pessoas especiais e únicas a quem essas pessoas se dedicavam por qualquer capacidade inata de oblíquidade e de omnipresença que eu não possuo. Pois, era mesmo pura arrogância a minha, a de pensar que estaria pelo menos na lista top twenty! E mais, que as palavras que me eram dirigidas com tanta pompa e circunstância, com infinita meiguice e apenas (julgava eu, inebriada pela minha arrogância uma vez mais) para as minhas reais e nobres pupilas, eram afinal enviadas em bcc a mais uns quantos 10-especiais-e-únicos-como-eu-que-encaixavam-no-perfil-da-mensagem. Confesso que esta é daquelas coisas que não me deixando de rastos, é chata. No mínimo. Mas no fundo, aceito o argumento, é tudo uma questão de expectativa. A minha foi provavelmente demasiado elevada. E reveladora do meu convencimento e vaidade! Quanto às coisas que me deixam de rastos, não me apetece pormenorizar porque são daquelas que nos levam à conclusão de que se calhar nunca conhecemos realmente ninguém.

Com esta constatação veio a conscencialização ainda mais convincente da minha enorme incapacidade para me dedicar a muita gente ao mesmo tempo. Pelo menos com a intensidade e atenção com que preciso de o fazer. Já dizia Aristóteles, que para a amizade e consequentemente, para o amor crescer é necessário tanto tempo e dedicação que não podemos ter muitos amigos e ainda menos amantes. Só mesmo na era do fastfood comunicacional isso pode ser algo almejável. E há quem realmente o consiga fazer com grande perícia. E eu curvo-me perante tamanha habilidade.
Sabem, é que eu não tenho muitas habilidades... sei pintar, cantar e escrevo umas coisas. Sou aplicadinha (já dizia a Professora Passarinho da primária) em tudo o que faço. Ah, e sei cortar as cascas das laranjas em espiral. Foi o meu pai que me ensinou. Como não sabia dar assobios estridentes nem fazer a roda, esse era o tipo de habilidade infantil que valia pelo menos uns berlindes.

No entanto, não sendo a rainha do networking e dando umas calinadas valentes em algumas amizades que me eram/são queridas, seja pela minha própria incapacidade de as gerir, seja por razões que me são externas, tenho/temos mantido algumas relações quase seculares que nos esforçamos muito por manter. Pai, mãe, irmãos, alguns familiares, amigos de infância. Amigos de faculdade que ficaram. Amigos do partido. Amigos dos outros partidos. Amigos que começaram com não-vou-lá-muito-com-a-tua-cara e passaram a gosto-de-ti-porra! Amigos de trabalho que se foram tornando mais próximos e outros que hoje em dia já nem recordamos bem como é que tudo começou. Mas que dura e dura. E dura. 
E claro, o Miguel! O meu rapaz! O meu melhor amigo, amante, sócio, companheiro de aventuras.
E dá-me um confortozinho morno saber (ou pelo menos pensar que sei), que há pelo menos 2 ou 3 pessoas na minha vida que conheço mesmo e a quem me posso mesmo mostrar sem defesas. Que há, nem que seja nesse reduto de segurança, 2 ou 3 pessoas com quem não tenho que gerir constantemente o que faço ou digo, e mais importante ainda, que não têm constantemente duas faces. É que já é suficientemente cansativo lidar com a realidade de uma, quanto mais andar sempre a tentar perceber a face que está escondida.

Já não acredito em nada que tenha escrito "para sempre" no final. Da mesma forma já não uso o termo "nunca". Já fiz coisas que achava que nunca faria. Neste preciso momento da vida, apenas queremos seguir em frente, continuar a nossa vidinha. Que esperamos que seja espectacular! É que nunca fomos de fazer por menos! Ir por onde quisermos ir. Sem justificações. Sem grande guião a cumprir. Sem ter de falar do passado. Sem querer falar da dor ou da perda. Porque já a aceitamos e por não haver mais nada a fazer.
De tudo isto fica o conforto de que se fosse atropelada hoje, que morreria com um sentimento muito bom: o de ter tido uma vida muito porreira. De ter amado muito. De ter sido amada. De ter chorado muito. De ainda chorar. De rir à parva. Da dançar à parva até cair. De acreditar piamente que vou morrer de amor. De sentir muito muito a falta de quem gosto. De me afastar de quem não nos faz bem. Nada disso me envergonha. Claro que queremos viver para aí pelo menos mais uns 983 anitos de coisas boas, menos boas e assim-assim também! Venham elas!
No final de contas, depois de tudo, é com essa lucidez que temos de nos enfrentar.
Tudo o resto é peanuts!
E é essa a mensagem que queremos deixar aqui, depois deste enorme testamento que atesta sobretudo a minha incapacidade de síntese, mas pelo menos hoje não vai ter um tag de "curtas" como nas últimas semanas ;): 
Aos que mudam agora as voltas à sua vida, aos nossos amigos que agora escolhem outros caminhos, mesmo que em separado: continuaremos a encontrar-nos nas dobras dos dias que nos restarem e enquanto nos desejarem por perto, naquele que desejamos ser o reinicio de algo muito bom e com sentido para vocês. Gostamos muito de vocês e sejam muito felizes! Porque nós vamos sendo e continuaremos a sê-lo, em cada oportunidade que se nos ofereça. Ou não nos chamemos nós Marisa e Miguel :)

Any given day...

Saturday, February 14, 2009 | 6 Comments

My home is in your arms, every single day.

I'm so F****** Tired!

Wednesday, February 11, 2009 | 6 Comments

Comecei hoje um curso. Isto exige-me estar a pé, a trabalhar, desde as 04 da manhã às 21h. Acham isto normal??? E inclui sábados. O curso. E o domingo, o trabalho. Ou seja, a gente fala-se para o ano! See ya! Damn!

someone that cannot love

Tuesday, February 10, 2009 | 6 Comments


You lodge your heart
You wake up with tears and stars in your eyes
You gave it all to someone that cannot love you back
Your days are passed
With wishes and hopes for the love that you've got
You wasted it all to someone that cannot love you back

Someone that cannot love, love
Ain't this enough?
You push yourself down
You try to take comfort in words, but words
They cannot love
Don't waste them like that
'cause they'll bruise you more

You secretly made
Castles of sand that you hide in the shame
But you cannot hold tides that break down
And you're building them all over again
You talk all this words
You make conversations that cannot be heard
How long until you notice that
No one is answering back?

Someone that cannot love, love
Ain't this enough?
You push yourself down
You try to take comfort in words, but words
They cannot love
Don't waste them like that
'cause they'll bruise you more
Love, love
Ain't this enough?
You're pushing around
You try to take comfort in words, but words
They cannot love
Don't waste them like that
'cause they'll bruise you more
Someone that cannot love

Someone that cannot love

Someone that cannot love, love
Ain't this enough?
You push yourself down
You try to take comfort in words, but words
They cannot love
Don't waste them like that
'cause they'll bruise you more

Love, love
Ain't this enough?
Pushing around
To find little comfort in words, but words
They cannot love
Don't waste them like that
'cause they'll bruise you more
Well they'll bruise you more
Words, they'll hurt you more
Words they'll hurt you more
Yes, they'll hurt you
Someone that cannot love
Someone that cannot love

Felling odd...

Tuesday, February 10, 2009 | 2 Comments

feeling sick
and tired 
and blue
and...

And the Grammy goes to....

Monday, February 09, 2009 | 0 Comments

DUFFY!!! :)

...

Monday, February 09, 2009 | 0 Comments

:)

Sunday, February 08, 2009 | 0 Comments

Party Day: Let's Dance!

Saturday, February 07, 2009 | 2 Comments

Já sei. Está de chuva e frio e o sofá tem um apelo maior nestes dias. Mas é que faz mesmo bem à alma conviver com gente feliz!
Nós nem somos daqueles amadores que só saem ao fim-de-semana. Temos trabalhado que nem cães (nunca percebi esta expressão, não vejo os cães a trabalhar grande coisa... mas siga!). As semanas têm sido mais duras que deviam, o trabalho tem-nos perseguido pelas horas adentro da madrugada e nós merecemos fazer uma pausa. Nem que seja ao estilo "kitkat", seja! ;)
Mas hoje é mesmo dia de festa! :) Let's go party, honey!

Tip of the Day: Career Builder ;)

Friday, February 06, 2009 | 0 Comments

Eye Catch Learning

Friday, February 06, 2009 | 3 Comments


"Tens de aprender a encaixar a ausência de resposta.
É em si mesma A resposta."
Arwan to Mei. 

And then he took her a photo. 
And then he gived her a warm hug,
A hug that will last till the end of time.
And then it rained all night long.
And everything was alright...
because HE ALWAYS answers to her
Even with his silent deep brown eyes :)

Se o mundo estivesse para acabar deveria ser por agora. O vento sopra forte, derrubando 8 dos nossos 11 bambus, a chuva fustiga com violência as janelas e o chapéu de chuva com a vareta torta já era. Tínhamos mais 4 que entretanto fomos emprestando a amigos que tinham de sair a meio de chuvadas. Cá por casa chove. Pois, dentro de casa. Exacto! Porque ainda não conseguimos chegar a consenso com o condomínio sobre a malfadada obra que terá de cobrir devidamente os terraços que servem de cobertura ao prédio.
É uma casa muito engraçada, não tinha tecto, não tinha nada! Já dizia a canção.
O tempo está mauzito mas há algo muito pior que o tempo chuvoso, os programas patéticos da televisão, pior ainda que as músicas dos Delfins (que finalmente acabaram!) Chegamos nós, num dia destes, com as calças a pingar e o cabelo que parece ter sido lambido por um grupo de 10 labradores e, dizia, entramos  num qualquer serviço público para resolver uma maleita administrativa, a última coisa que podemos ostentar são sinais exteriores de felicidade. Isso é que não pode ser, meus amigos.
Sorrir, conversar com o vizinho na fila de espera, cantarolar, apresentar modos bem dispostos tais como a proliferação de "bons dias", "como está?", "amanhã vai estar melhor" e outros comentários minimamente positivos e é logo um convite a sermos atendidos a pontapé pela senhora nariguda, de casaco de malha beje (mas isso é côr?) e meias de descanso azuis escuras que nos vai atender à paulada verbal a seguir. "Então é para o quê?" começa, sem um "Boa tarde" ou "Em que posso ser útil?"... respondo: "Olá boa tarde. Gostaria de verificar uma cobrança indevida de impostos que me chegou pelo correio. Como pode verificar a empresa encerrou actividade em 2006". Resposta digna de um Einstein: "Se fosse indevido não estaríamos a cobrar não acha?" Depois de se levantar com ar misterioso e ajeitar os óculos na ponta do nariz, puxou a saia para baixo e sumiu por detrás de uma prateleira cheia de arquivos cinzentos com etiquetas brancas. E eu fiquei, juntamente com mais 30 pessoas à espera que a senhora voltasse. Continuei na conversa com um senhor idoso que teimava em perguntar-me coisas sobre o tempo e porque choveria a potes hoje. "É aquilo do aquecimento global sabe menina?" "Pois, deve ser, é pena é não aquecer nada!" Ríamos os dois como se tivessemos 6 anos. Ele há coisas deliciosas...
A nariguda de cabelos cinza volta e diz com ar inteligente: "A empresa encerrou actividade em 2006". Respondo "Sim, exacto, foi o que lhe disse." Ao que a alminha responde: "Se encerrou em 2006 porque é que tem esta dívida de impostos de 2008 para pagar, hum?" Achei que devia ter levado um gravador! Para a próxima levo mesmo, que isto dava um grande episódio dos Contemporâneos ou para o "Coisas que acontecem" do Markl.
E continuou: "Está para aí com um ar todo feliz, com isto por pagar? E já viu o tempo hoje, cheguei toda encharcada aqui à repartição porque perdi a carreira e só às 5 é que saio!"
Ah-Ah! E então entendi tudo. A senhora, que depois vim a saber chamar-se Maria das Dores, queria cobrar-me impostos por eu estar feliz! Porque detesta a vida dela. Porque tem de andar de carreira e sai às 5. E provavelmente porque se chama Maria das Dores e foi marcada à nascença para sofrer.
Sorri o meu melhor sorriso e disse-lhe com toda a simpatia que consegui reunir: "Vamos lá recomeçar... O dia está chuvoso, a senhora chegou encharcada, mas ainda assim está muito bonita. Tem de me dizer como consegue."
E foi ver aquela repartição virar o Paraíso. O colega dela sorriu, ela sorriu e murmurou um "Oh, muito obrigada, é que tinha ido ontem ao cabeleireiro." O velhote sorriu. Eu sorri. A Maria das Dores olhou para o computador e passou-me um papel dizendo: "Pronto, já anulei a cobrança. Era indevida de facto. Fique com o nosso número, se voltar a receber alguma coisa, ligue-me, sou a Maria das Dores Lopes. Tenha um boa tarde."
Fiquei a sorrir com a ironia certeira do nome dela.
Há coisas fantásticas não há? A gentileza é uma delas!
Dedico esta foto às Marias das Dores Lopes que por aí andam. Para a próxima que forem ao cabeleireiro, experimentem outras cores para além do cinza. 
Eu já escolhi, quando for velhota, vai ser lilás!

Chaves para a Felicidade

Thursday, February 05, 2009 | 1 Comments

Há qualquer coisa de egoísta em ser feliz. Não no acto de querer ou desejar ser feliz, entenda-se, mas em sê-lo simplesmente.A cartografia do amor não é ciência fácil. E para nós nunca foi fácil, porque sempre gostamos de desafios. Acredito que desde que tomamos algumas decisões e em que afastamos certas vivências e pessoas do nosso dia-a-dia, dedicando mais atenção à nossa relação e aqueles que nos querem bem, que coisas muito boas começaram a acontecer. Este último ano foi muito rico em aprendizagens. A certa altura, na ânsia de ajudar, de estar próxima, de ser melhor, arrisquei tudo e partilhei tudo o que tinhamos descoberto ao longo destes anos, desde coisas simples como os locais que gostamos, as músicas, os filmes, os espectáculos, a arte, até às mais importantes, os mimos, a nossa casa, as palavras, a dedicação, o tempo, a atenção, o amor... até os pequenos truques que nunca tinha revelado a mais ninguém. Tudo na nossa vida parecia estar a ser sugado para uma vida que se queria parecer com a nossa, apoderando-se simplesmente dela. Queriamos tanto experimentar, abrir, expôr, viver, que a certa altura nos deixamos arrastar para algo que nos despia de nós a cada dia. De repente vimo-nos a fazer coisas que nunca iriam de encontro aos nossos padrões e valores. De repente, vimo-nos a magoar e a ferir quem gostavamos. E na cegueira, quase nos ferimos um ao outro de morte.
Passado este ano a aprender a encaixar a dor e a perda, mas a integrar também a descoberta e a redenção, sinto-nos leves, sem amarras nem obrigações morais de suporte psicológico a angústias sem fim que nos eram alheias. Agora sinto-nos de novo nós: mortais, vulneráveis e humanos mas fortes, unidos e genuínos. Depois da máxima vulnerabilidade, colocamos reforços nos portões e as vigias estão mais atentas que nunca. E dentro do nosso pequeno castelo somos tão felizes que até irrita! Em dias de festa ainda abrimos de par em par os portões e descemos a ponte levadiça para que os nossos amigos inundem o nosso lar com a sua alegria e abraço fraterno. Mas este é cada vez mais "o nosso" refúgio. A felicidade tem qualquer coisa de egoísta por ser nossa mesmo quando é genuinamente partilhada! :) 
Para a Sayuri :) sobre os amores platónicos... Ando a cantar esta música há tantos dias que depois de ler o teu post, achei que tinha de a deixar aqui. Espero que gostes. Beijinho e xi-coração.



Se ela pressentisse 
O olhar que me devolve
As ânsias sem idade
Os olhares ao espelho sem piedade
A verdade foge trémula e sem serenidade

Se ele sentisse
Só por uma vez
Que paro quando fala
Que rio quando olha
E coro quando é para mim
E quero que me agarre

Ela nem imagina
Ele nunca me vai ver
Volto a cruzar-me com ela
Fingindo não o ver
E por isso nunca
Ele nunca vai saber
O quanto eu te quero

Ela vai rir-se quando lhe contar
Que um dia quis dar-lhe o mundo
Mas não a soube chamar
O seu cheiro passa solto
E leve como o ar

Ele vai ter um sonho por guardar
O tempo não tem escolha
E a alma passou longe
Adeus! Será que é Adeus?
Eu não te perco mais

Ela nem imagina
Ele nunca me vai ver
Volto a cruzar-me com ela
Fingindo não o ver
E por isso nunca
Ele nunca vai saber
O quanto eu te quero

Se ela pressentisse
O olhar que me devolve
As ânsias sem idade
Os olhares ao espelho sem piedade
A verdade foge trémula e sem serenidade

Se ele sentisse
Só por uma vez
Que paro quando fala
Que rio quando olha
E coro quando é p'ra mim
E quero que me agarre

Ela nem imagina
Ele nunca me vai ver
Volto a cruzar-me com ela
Fingindo não o ver
E por isso nunca
Ele nunca vai saber
O quanto eu te quero

Ela nem imagina
Ele nunca me vai ver
Volto a cruzar-me com ela
Fingindo não o ver
E por isso nunca
Ele nunca vai saber
O quanto eu te quero

Letra de Margarida Pinto Correia
Cantam Simone e Luís Represas

A Lilly Allen não é simplesmente adorável? Apetece pegar-lhe ao colo não acham?
E ainda por cima é linda e talentosa. Ora vejam o novo vídeo dela. Enjoy! :* Muackkk!!!

Thinking of you

Wednesday, February 04, 2009 | 1 Comments

Zen Thoughts...

Monday, February 02, 2009 | 3 Comments


"Se eu pudesse viver novamente a minha vida
Na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo ainda do que tenho sido,
Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiénico.
Correria mais riscos
viajaria mais,
contemplaria mais entardeceres,
subiria mais montanhas, 
nadaria mais rios.
Iria a lugares onde nunca fui,
comeria mais sorvetes
e menos favas,
teria mais problemas reais e menos imaginários.
Eu fui dessas pessoas que viveu sensata
e minuciosamente cada minuto da sua vida;
claro que tive momentos de alegria.
Mas se pudesse voltar atrás trataria
de ter somente bons momentos.
Porque, se não o sabem, disso é feita a vida,
só de momentos; não percas o agora.
Eu era desses que nunca
iam a parte nenhuma sem um termómetro,
um saco de água quente,
um guarda-chuva e um pára-quedas;
se pudesse voltar a viver, viajaria mais leve.
Se pudesse voltar a viver
começaria a andar descalço no princípio 
da Primavera
e continuaria descalço até ao fim do Outuno.
Daria mais voltas no carrossel,
contemplaria mais amanheceres,
e brincaria com mais crianças,
se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas vejam lá, tenho 85 anos e sei que estou a morrer."
Jorge Luís Borges, "Instantes" in BAPTISTA, António Alçada, A Pesca à Linha

To our sweet friends Leo and Pedro. :)

Weekender's Fun :)

Sunday, February 01, 2009 | 1 Comments

About

Mei and Arawn