Bom dia Portugal. Permitam-me primeiro pedir desculpa pela intromissão. Eu, como muitos de vós, também aprecio o conforto da rotina diária, a segurança de um ambiente familiar, a tranquilidade que emana da repetição. Eu aprecio-a tanto quanto qualquer um de vocês. Apesar disso e aproveitando o facto de hoje se festejar o aniversário de uma revolução, pensei se não poderia roubar um pouco do vosso tempo e sugerir que lessem este pequeno texto.
Haverá sempre quem ache que as palavras devem ser silenciadas. Noutros tempos, anteriores à revolução que hoje comemoramos, homens patrulhavam as ruas, outros atentavam aos jornais e televisões temerosos que mensagens como esta pudessem ser distribuídas em panfletos escondidos, ditos numa furtiva emissão de rádio. Porquê?
Porque ao contrário dos bastões e das balas que rapidamente podem ser introduzidos para silenciar alguém, as palavras e as ideias reterão sempre o seu poder. As palavras dão significado, e para aqueles que as ouvem, elas vêm a ser os meios que anunciam a verdade. E a verdade é que há definitivamente alguma coisa errada com este país e com este mundo, não acham? Crueldade e injustiça, intolerância e repressão. E se antes houveram razões palpáveis que te impediam de dizer o que ia na tua alma, agora pareces estar sujeito a uma mordaça intelectual que te impede até de pensar. O medo, o maior de todos os ditadores, esse açaime da liberdade, convidou-te a uma total rendição e tu aceitaste. Como é que isso pôde acontecer? Quem deves culpar desta vez? Não há dúvidas que se olhares para as notícias ou para o teu quotidiano mais próximo, não faltarão culpados, e são tantos que por vezes parecem ser bem mais dos que as vítimas. Verdade seja dita, desde o princípio da História, se quisesses realmente ver o verdadeiro responsável por tudo o que de negativo te rodeia, bastava que te olhasses ao espelho. Eu sei porque o fizeste. Quem não o teria feito? O horror das guerras, a fome, a doença, a morte e a solidão. Quem não teria medo ao olhar para um Mundo como este? Há um sem número de razões e problemas aparentes que te mantêm apertado nesse colete de forças psicológico, mas todas essas razões que garantes estarem lá fora, para tua surpresa, nasceram no teu interior, e se as vês no aparente exterior é, porque a dada altura não aguentando mais o seu peso, as projectaste como um dejecto, fragmentando o teu medo numa infinidade de reflexos dos quais agora dizes ser vítima.
O medo levou-te a melhor uma e outra e outra vez, e ainda não satisfeito, essa parte amedrontada de ti próprio, vendeu-te a ideia de que o medo não é teu, está lá fora e tem muitos nomes e muitas formas: Hitler, Berlusconi, Bush, Saddam, o Sócrates, o Papa, o sexo, o pecado, o sol, a lua, o teu pai, a tua mãe, o teu filho, o teu irmão, o teu amigo, aquele que te estende a mão. Deus e o diabo serão sempre os maiores culpados.
A parte amedrontada que habita na tua mente também poderia ter um nome, mas chamar-lhe de ego seria dar-lhe um poder que ela não tem. Talvez por isso prefira chamar-lhe a incorrecção da mente ou a parte da mente que se revê no erro e faz do seu uso projecção. O único erro foi e ainda é, acreditares que podes viver separado da Fonte onde sempre habitarás enquanto extensão do Seu Amor.
Há 37 anos alguns cidadãos inspirados pela fé de que existe uma outra forma de resolver os problemas, tentaram gravar uma ideia na tua memória. A sua esperança era a de que te lembrasses que justiça, amor e liberdade são mais do que meras palavras, são o teu legado. O que alguns desses cidadãos nos mostraram, foi, que a verdadeira revolução não se faz pelas armas nem pelo ataque, mas com as flores que inspiram à concórdia, à comunhão e à paz. A verdadeira revolução não é um manifesto à culpa, mas uma afirmação da verdade. A verdadeira revolução é chamares a ti a responsabilidade de tudo o que vês e como vês, assumindo o teu verdadeiro papel de decisor. A verdadeira revolução é pacífica e também se chama perdão. Talvez por isso, até porque ontem também foi comemorada uma outra revolução, para te lembrares do princípio do erro, a Páscoa e o 25 de Abril deram pela primeira vez a mão.

Arrastão do Blog do Duarte: http://duarte-higherlove.blogspot.com/

Smooth Waters

Wednesday, April 27, 2011 | 0 Comments

Water smooth as rippling silk,
reflecting the mercury silver sky,
gently surrenders to the shoreline
in one endlessly billowing caress.
Its waves aroused by the wind's embrace
and cherry blossom kisses on upturned face,
I envy its singleness of purpose,
its relentless pursuit of dry ground;
love in pursuit of a heart;
love so completely found.

Animal Instinct

Tuesday, April 19, 2011 | 0 Comments



Ternura

Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor
seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura
dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora.
V. de Moraes

Strengh Words: ALOHA!

Monday, April 18, 2011 | 0 Comments

Aloha in the Hawaiian language means affection, love, peace, compassion and mercy. Since the middle of the 19th century, it also has come to be used as an English greeting to say goodbye and hello. Currently, it is mostly used in the sense of hello; however, it is used as the above.
The word aloha derives from the Proto-Polynesian root *qarofa, and ultimately from Proto-Malayo-Polynesian. It has cognates in other Polynesian languages, such as Samoan alofa and Māori aroha, also meaning "love."
A folk etymology claims that it derives from a compound of the Hawaiian words "alo" meaning "presence", "front", "face", or "share"; and "ha", meaning "breath of life" or "essence of life." Although "alo" does indeed mean "presence" etc., the word for breath is spelled with a macron or kahakō over the "a" (hā) whereas the word aloha does not have a long "a". (in Wikipédia)


Desde que fui ao Hawai e me dedicaram este cumprimento, um dos cumprimentos mais bonitos que a humanidade criou, que não me canso de o usar. Aloha é o termo que dedico aos amigos a quem quero bem, a quem desejo amor, paz e que espero que todos os dias respirem a essência da vida. É uma palavra de afecto e de força, de carinho e de solidariedade. Por isso, para aqueles de quem gosto: Aloha!

Hard Days: Da Coragem!

Thursday, April 14, 2011 | 0 Comments


A coragem acompanha a realidade, não luta contra ela; não é sinónimo de agressão, é resultado da aceitação do que se pode fazer e do que não é possível mudar.

A coragem não reside somente nas grandes ousadias, mas também nas pequenas conquistas diárias sobre o pessimismo, sobre a incompreensão, sobre o medo, sobre a rigidez de atitudes e idéias.

A coragem acontece quando, mesmo ansiosos perante o novo, continuamos em frente e nos aventuramos a viver o hoje, sem deixar que o medo do futuro paralise nossas vidas.

A coragem, dizia Aristóteles, é a medida certa entre a cobardia e a intrepidez. Não é imune ao medo, antes pelo contrário, encontra na vontade formas de superar os obstáculos e o próprio temor.

Vamos a isso!

Biquini Time!

Friday, April 08, 2011 | 0 Comments

O meu biquini já espreita da gaveta este tempo solarengo, já adivinha nas fibras e pelas fitinhas abaixo o estremecer da água salgada, o morno beijo do sol e o cheirinho exótico do protector solar. Já está pronto a saltar da gaveta e a envolver-me em promessas de dias longos, em deixar-se rebolar na areia e em abraçar a minha pele que aos poucos vai ficando mais dourada. O meu biquini está com esperanças de ir à praia este fim-de-semana! :)

Sweet Musics: Valentine

Wednesday, April 06, 2011 | 0 Comments


Kina Grannis - Valentine from Ross Ching on Vimeo.
Género: Action | Fantasy
Elenco:
Jon Hamm, Vanessa Hudgens, Jamie Chung, Abbie Cornish
Director:
Zack Snyder
Argumento:
Zack Snyder, Steve Shibuya 



Zack Snyder de ‘300’ e ‘Watchmen’  tem sido frequentemente perdoado ou crucificado como um  mero realizador visual. Mas, ao contrário dessas duas obras, em que havia uma história de culto já construída, Snyder peca por ambicionar fazer algo original, escrevendo ele mesmo o argumento e tornando-o demasiado confuso quer nas linguagens apresentadas como na própria orgânica da história. Temos uma mixelândia de temas, desde a prostituição forçada a execuções a sangre frio, pedofilia, zombis nazis, dragões e manicómios burlescos.
Intocável na faceta estética, produzindo realidades alternativas como um Inception invertido, em que as acções imaginadas se tornam reais, Sucker Punch é uma obra sobretudo visual. 
Se em 300 tínhamos acção e estética viril, aqui temos essas dimensões em termos bélico-burlescos. E nesse sentido, este filme é uma delícia para os sentidos, um delírio de acção ao estilo manga, com fetichismo a rodos e guerreiras com muito sex-appeal. 
Destaco ainda a banda sonora electrizante: Björk, Queen, Pixies, Eurythmics, The Stooges, Skunk Anansie, entre outros, sempre com remixs poderosos e muito bem conseguidos.
Algumas cenas estão magnificamente orquestradas, como é o caso do confronto em campo alemão, em plena II Grande Guerra. 
Pena o início e o fim do filme não combinarem e acusarem a imaturidade de Snyder como argumentista. Contudo, para os apreciadores do género épico-fantasista, como é o meu caso, não deixa de ser um cocktail extramente saboroso e que sai da área de conforto hollywoodesca para um nível de inconformismo, beleza e originalidade louváveis.
Vejam os cartazes das meninas, que já cá estavam em Junho do ano passado enquanto esperava pacientemente pela estreia em território nacional: http://butterfliesfairies.blogspot.com/search?q=sucker+punch


About

Mei and Arawn