Mudanças

Friday, November 18, 2011 | 0 Comments

Dizem que a cada sete anos, já não somos mais o que eramos e que todas as células do nosso corpo se renovam. Não sei se será mito ou realidade mas parece-me que as células do nosso corpo não se renovam todas no mesmo período de tempo, mas essa é uma questão para geneticistas e cientistas. O que interessa é que somos seres de metamorfose e que o que quer que se passe com o nosso corpo, passa-se também com a nossa alma, com as nossas relações e com a nossa vida como um todo.
Querer voltar atrás no tempo é também uma questão para cientistas e para sonhadores. Já não somos os mesmos de há 10 anos atrás. Já não pensamos da mesma forma, não queremos as mesmas coisas e a experiência já tingiu de mil cores diferentes a nossa percepção interior. Se voltassemos atrás no tempo e nos vissemos a nós mesmos, é provável que discutissemos com o nosso próprio eu, relativamente a questões essenciais da vida.
Por isso temos de reavaliar, de expor os novos receios e de considerar que aquilo que pensamos agora ser adequado para a nossa vida, pode muito bem já não ser o que antes julgávamos e mudar daqui a alguns anos. Este processo exige, paradoxalmente, uma fase de desânimo, de desconforto, de inquietude. Acredito que é nas horas de instabilidade que os talentos adormecidos acordam. Porque em primeiro lugar temos de de enfrentar a desconstrução do que conhecemos, em segundo temos de enfrentar as incertezas e em terceiro, temos de abraçar o recomeço. É um processo doloroso. Mas é um processo que nos obriga a experimentar, a investir capacidades recém descobertas, a arriscar e criar uma versão mais interessante e feliz de nós mesmos.
A vida é uma constante reinvenção de si mesma e ela muda, quer queiramos ou não. E nós mudamos com ela. Quer queiramos, quer não. Temos de ser corajosos, caneco!

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