Cinemania: A Single Man
Thursday, April 11, 2013 | 0 Comments
Love gifts - David Fonseca
Thursday, April 11, 2013 | 0 Comments
Para o David:
Tu não sabes, - como poderias sabê-lo? - que quando tocas e cantas, as tuas palavras não são palavras, nem as letras são letras, nem as notas continuam a ser notas.
Tu não sabes - como poderias sabê-lo? - que são vagas imensas que inundam os diques mais robustos, são ventanias que revolvem fortelezas invioláveis, são chuva que inunda solos sedentos, são o sol que ilumina os caminhos sombrios.
Tu não sabes - como poderias tu saber? - que quando sonhas, os teus sonhos sobem pelas paredes acima, aninham-se nos cobertores de almas anónimas e aquecem-nas em noites de trovoada.
Tu não sabes - como poderias tu saber? - que quando vives, vives todas as vidas, és um e o mesmo, o outro e todos. Tu não sabes - como poderias tu saber? Mas eu digo-te. Sem nada nas mãos para oferecer em troca. Apenas esta honesta homenagem de alguém que não sendo ninguém de especial, se sente especial quando te ouve. :) Obrigada. A tua música faz-me feliz. ❤
Love letters
Thursday, April 11, 2013 | 0 Comments
I want you to know one thing.
You know how this is:
if I look at the crystal moon,
at the red branch
of the slow autumn
at my window,
if I touch
near the fire
the impalpable ash
or the wrinkled body of the log,
everything carries me to you,
as if everything that exists,
aromas, light, metals,
were little boats that sail toward
those isles of yours that wait for me.
Well, now,
if little by little
you stop loving me
I shall stop loving you
little by little.
If suddenly you forget me
do not look for me,
for I shall already have forgotten you.
If you think it long and mad,
the wind of banners that passes through my life,
and you decide to leave me at the shore
of the heart where I have roots,
remember that on that day,
at that hour,
I shall lift my arms
and my roots will set off
to seek another land.
But if each day, each hour,
you feel that you are destined for me
with implacable sweetness,
if each day a flower climbs
up to your lips to seek me,
ah my love, ah my own,
in me all that fire is repeated,
in me nothing is extinguished or forgotten,
my love feeds on your love,
beloved, and as long as you live it
will be in your arms without leaving mine.
Pablo Neruda ❤