Não é que a fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Para os erros há perdão; para os fracassos, oportunidades; para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar a alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixes que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo te impeça de tentar. Desconfia do destino e acredita em ti. Gasta mais horas realizando que sonhando, fazendo que planeando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu. Sarah Westphal.
Dias de Incerteza
Wednesday, June 29, 2011 | 2 Comments
Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Não é que a fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Para os erros há perdão; para os fracassos, oportunidades; para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar a alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixes que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo te impeça de tentar. Desconfia do destino e acredita em ti. Gasta mais horas realizando que sonhando, fazendo que planeando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu. Sarah Westphal.
Happy B. Day Sweety!
Sunday, June 26, 2011 | 0 Comments
Muitos parabéns querida!
Estiveste aqui comigo, onde as ondas desenham com fios de água o teu nome. Espero que tenhas passado um dia muito feliz, como todos os dias da tua vida merecem ser. Senti a tua falta mas sei que estiveste junto de mim. Onde as conchas rebolam coloridas, o sol amorna as almas despidas e onde a areia macia é o nosso leito. Beijinhos abraçados. :)
Weekend sweetness
Thursday, June 23, 2011 | 1 Comments
Este fim-de-semana vai ser cheio de coisas boas. Os nossos meninos, da esquerda para a direita, Tarik, Lusa, Beca e Chocapic. :) Nós os dois, muitas flores, campos abertos, o mar estendido aos nossos pés e o amor da família ao colo. São tão boas estas paragens para descansar e recentrar energias no que de mais essencial há na vida.
Despertar: The Tree of Life
Monday, June 20, 2011 | 0 Comments

Com Brad Pitt, Jessica Chastain, Sean Penn, Hunter McCracken
Antes de mais, um aviso à navegação: não esperem um filme convencional. Abstraiam-se de tudo o que já viram, levem o coração aberto e deixem a alma invadir todos os vossos poros. Respirem fundo. Agora sim. Abram os olhos, os ouvidos, o espírito.
Serão levados por uma viagem interior, por um poema feito película. O deslumbramento das imagens e da magnífica banda sonora de Alexandre Desplat já seriam suficientes para causar uma introspecção filosófica profunda sobre o sentido da vida. Mas Malick, com a sua narrativa poético-reflexiva, vai mais longe. Muito mais longe. Ou tão perto, tão dentro de nós. Dá-nos um poema visual e afectivo sobre a essência do ser humano, sobre os seus receios, defeitos, virtudes, sonhos, emoções e tudo o mais. Sobre o que de mais essencial nos torna homens, nos influencia enquanto seres humanos nas várias fases da vida. A teoria do caos e da ordem num mesmo fôlego de vida. Não é um filme que se explique. É um filme que se vive. Que se chora. Que se ri. Que se cheira. Que se arrepia. Que se morre. Que se sente. Que se vive. Sem mais.
O mais rapidamente possível.
Despertem!

Escrevo-te, escrevendo-me
Thursday, June 16, 2011 | 1 Comments
Hoje, as telas que pinto são feitas de teclas e de alavancas, uso as letras como pincéis e as palavras como o óleo denso com que noutros dias costumo pintar.
"Um dia destes pinto-te". Muito compenetrado nos teus pensamentos e com esse teu olhar de deus caído sonhador, onde as vagas da tua alma embatem com a claridade de mil sóis.
Amar assim de repente
Wednesday, June 15, 2011 | 1 Comments
Peço-te desculpa por te amar assim tão de repente.
De te sentir a falta assim num instante.
De chamar o teu nome e de o escrever nas árvores e nos caminhos por onde passo.
Peço desculpa por te querer assim tão de repente.
De sentir que me falta a força e a vontade para sair do teu corpo.
É como se desse um enorme tralho no meio da rua
E o entendimento não acompanha a queda.
E não me conseguisse levantar.
E caiu-me tudo ao chão. As certezas. A paz. A razão.
E faltam-me peças agora. Não consigo reconstruir tudo direitinho.
E sinto que me faltas. Que fiquei sem pé em alto mar.
E tenho tanto medo quando nado sem pé.
Perco tudo em busca de nada. Ou busco nada em troca de tudo.
Viver é aprender a desaprender.
Hoje
Wednesday, June 08, 2011 | 2 Comments
Hoje, não quero falar. Hoje, não posso mudar-te. Por isso emudeço. E mudo.
Hoje, sei-o: os outros são como são. E tu és como és em cada momento em que vais sendo. Não te posso pedir que mudes, por muitas vezes ou poucas que te peça, tanto faz. Não vais mudar-te naquilo que quero. Se mudares, mudarás apenas para aquilo que quiseres e puderes ser. Não vale de nada ensaiar palavras ou comportamentos, não vale a pena dizer "devias fazer isto ou aquilo" se fazer isto ou aquilo for ser isto e aquilo.
Hoje, simplesmente, não vai acontecer. O sangue que te corre nas veias terá sempre essa densidade, será sempre o mesmo, mesmo que o tentes drenar e diluir. Mesmo que faças uma transfusão. Mesmo que o desejes com todas as tuas forças.
Hoje queria reverter a rotina. Reverter os dias, as horas, os minutos. Queria fazer rewind como se a vida fosse uma fita de cinema que roda nos dois sentidos. Queria refazer.
Hoje, desapetecem-me as palavras, os carinhos, a subfelicidade. Sinto-me a viver de felicidades pequeninas, de comas sucessivos, suspensos em beijos, em braços, em pedaços de ti, de mim, dos outros. Hoje o futuro parece tão longe, tão inacessível. E eu não me sinto valente.
Hoje, o céu desenha cadáveres cinzentos que me entram pelas narinas e que empurram a minha alma para um lugar recôndito e bafiento. Hoje não quero nada. Mas sei que quero tudo. Que quero demasiado. Que quero desmesuradamente. E sei que esse querer, vulnerável e falível, não cabe dentro de ti, não cabe em nós. Porque nós somos outra coisa.
Hoje consigo sentir a dor a entrar. A invadir todas as células, a tolher os músculos e a ganhar, vitoriosa, a luta. Sei-me de pernas para o ar. E vejo que me caem dos bolsos, por força da gravidade, as convicções que amealhei com tanto carinho e empenho. Se estivesses também de pernas para o ar seria tão mais simples. Poderíamos caminhar sobre o tecto da nossa vida e revirar do avesso os dias. Revolver e voltar a dar.
Hoje queria que lesses nos meus olhos essa angústia porque não consigo falar. Que me abraçasses e que me dissesses que tudo vai correr bem. Que o chão vai voltar a ser chão e não esta massa mortífera que engole o peito do avesso, expondo as veias a céu aberto e espalhando sangue por onde passa. Hoje não quero que me contes os teus problemas mundanos, as guerrilhas do trabalho, as dúvidas e as soluções pragmáticas. Hoje não. Não quero a tua racionalidade. A tua convicção. A tua verdade.
Hoje, só queria que fosses como um papel colorido que, com doçura, envolve em mil camadas protectoras o presente mais frágil, protegendo-me da queda certeira em mil estilhaços.
In the Wings of Change
Monday, June 06, 2011 | 0 Comments

Quando deixamos de mudar é porque já estamos mortos.
E tu, mudas?
Tu eras também uma pequena folha
Thursday, June 02, 2011 | 1 Comments
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.
Pablo de Neruda
Amantes
Thursday, June 02, 2011 | 0 Comments
Dois amantes felizes não têm fim nem morte,
nascem e morrem tanta vez enquanto vivem,
são eternos como é a natureza.
Pablo de Neruda
Hoje li isto...
Thursday, June 02, 2011 | 0 Comments
I wonder...
Monday, May 23, 2011 | 1 Comments
Este texto bem podia chamar-se "Da Insegurança". Mas não se chamou. Porque quando digo "da insegurança", não quero dizer "insegurança", tal como as pessoas normalmente dizem "és inseguro". Como alguém estranhamente frágil e carente. Não, não é isso.
Ser inseguro é ter e não ter. É saber que nada nos pertence de facto. Só quem é inseguro pode oferecer segurança e saber exactamente o que ela significa. Ser inseguro é aceitar que o que existe e o que se tem, um dia vai deixar de existir e de se ter. É amar com urgência. É amar. Porque nada é dado como adquirido, por isso, quem é inseguro existe mais urgentemente. Quem é inseguro abraça a sua necessidade de amor, aceita a sua incompletude, vive a sua mortalidade. Só quem é incompleto e se sente completo amando entende o que estou a dizer. "Por isso, a vida sem ti, meu amor, não seria vida". Pensei uma e outra vez nesta frase, que mais do que palavras, me arranca um sentido indizível que me é doloroso explicar. Não seria a vida e a existência que conheço. Mas de que outra poderei falar? De "eus" paralelos que fizeram outras escolhas? Que viveram outros amores? Desses não sei nada. Não experimentei o que eles viveram, não incorporei essas vivências no meu adn. Não sei do que tratam. Não faço a mínima ideia do que são. Não sou eu.
Só sei desta vida que escolhi a teu lado. E é nesta vida que sinto a urgência. Em que um dia sentirei o chão a desaparecer por entre os meus pés, como se tudo fosse um sonho e essa fosse a realidade para a qual acordarei um dia, numa lucidez angustiante. É por isso que quem ama, não ama aos poucochinhos, razoavelmente, educadamente. É por isso que quem ama às vezes parece tolo, quando não o parece o tempo todo. Parece tolo, inseguro, feito daquela insegurança de que as pessoas falam, quando dizem: "és inseguro", sem saber que apenas falam de uma pequena exteriorização, que por vezes nem se manifesta naqueles que realmente sentem a insegurança. Mas aí, não sabem mesmo do que falam e por isso este texto não se chamou "Da Insegurança" porque não iríamos estar a falar da mesma coisa. Não é que eu saiba exactamente do que estou a falar, mas sei que não é isso.
Summer Rain
Wednesday, May 18, 2011 | 0 Comments
Storm Headache!
Monday, May 16, 2011 | 0 Comments
Prédios que falam :)
Monday, May 09, 2011 | 1 Comments
A minha vizinha ideal é: senhora de idade, que não se importe com o barulho que os jovens do andar de cima podem providenciar e que crie oportunidade a existência de trocas contínuas de bolos entre vizinhos. Mas como esta vizinha ideal não vem no pack de arrendamento/compra de casa temos de nos contentar com aqueles que nos calham na rifa. E já tentámos oferecer um bolo a um certo vizinho? Ou a colocar um papel no elevador só a dizer "Bom dia"? Ou perguntámos "Como foi o seu dia"? Algo mais arrojado, simplesmente. Não é fácil, porque a cultura citadina nao fomenta muito esta ideia rural. Mas é possível: este projecto já tem história. E está a crescer. E nós cada vez mais precisamos disto para Lisboa.
In LeCool