Num formato que faz lembrar o Daily Show de Jon Stewart, os Gatos esmiuçaram ao pormenor e com perguntas dolorosas os principais candidatos às eleições. Dá que pensar que um programa destes tenha eventualmente mais audiência ou visualizações no YouTube que qualquer outro debate "sério" levado a cabo por jornalistas profissionais em programas pensados e estruturados para o efeito. A linguagem dos candidatos foi simplificada e o trabalho dos assessores não foi tanto o de "botar faladura" mas de responder da forma o mais credível e próxima possível ao formato descontraído do programa. E como deve ter sido desconfortável para Sócrates e Ferreira Leite sairem do seu habitat natural formal e contido e entrar na imprevisibilidade de um talkshow corrosivo como este. Isto claro, se não houve ajuste prévio do questionário com os seus assessores. Para mim, é a prova de que o próprio formato comunicacional da política em geral e daqueles que dão a cara em particular tem de mudar e de se tornar mais mundana e próxima. Veja-se o exemplo de Obama!
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