Os últimos posts têm sido leves ou simples, colagens da realidade, comentários fáceis a isto ou aquilo. Hoje apeteceu-me escrever-te como às vezes fazia num papel, num postal, num guardanapo de uma das nossas muitas incursões no mundo dos paladares. Não é muito cedo nem muito tarde, é quase Inverno e faz frio. Enrosco-me mais nas mantas, como um gato, como tu, e sorrio. Penso nos últimos tempos, na rodaviva, nas coisas simples, como o desconsolo de tomar banho de água quase fria no ginásio, como acordar mais cedo com o despertador para ir fazer qualquer coisa urgente, como dar a volta para te apanhar, como tomar o pequeno-almoço no parapeito da cozinha para apanhar o sol da manhã. E os jantares? Ah! os jantares! O belo do vinho verde, o riso, largo generoso, os olhares cúmplices, cansados por vezes, atrevidos, o dizer tudo ou mesmo nada. Ser livre de cair de sono nos teus braços sem desculpas, de dar-mos a mão porque apetece, de ser vulgar e achar nisso todo o encanto das noites de glamour. Dou por mim a lavar a louça, depois de um dos nossos repastos com atum e a parar para ir ao frigorifico ver se não há tupperwares com um restinho de comida já esquecida, sei há, encontro um. Deito os restos no lixo. Como seria difícil de explicar a um herói dos filmes de aventuras ou a um simples traseunte de metro que saber coisas simples como esta é igual a um tesouro ou a um segredo. Por isso já não explico, guardo para mim, para ti e para todos amantes como nós.
Amantes como nós
Tuesday, December 04, 2007 | 0 Comments
Os últimos posts têm sido leves ou simples, colagens da realidade, comentários fáceis a isto ou aquilo. Hoje apeteceu-me escrever-te como às vezes fazia num papel, num postal, num guardanapo de uma das nossas muitas incursões no mundo dos paladares. Não é muito cedo nem muito tarde, é quase Inverno e faz frio. Enrosco-me mais nas mantas, como um gato, como tu, e sorrio. Penso nos últimos tempos, na rodaviva, nas coisas simples, como o desconsolo de tomar banho de água quase fria no ginásio, como acordar mais cedo com o despertador para ir fazer qualquer coisa urgente, como dar a volta para te apanhar, como tomar o pequeno-almoço no parapeito da cozinha para apanhar o sol da manhã. E os jantares? Ah! os jantares! O belo do vinho verde, o riso, largo generoso, os olhares cúmplices, cansados por vezes, atrevidos, o dizer tudo ou mesmo nada. Ser livre de cair de sono nos teus braços sem desculpas, de dar-mos a mão porque apetece, de ser vulgar e achar nisso todo o encanto das noites de glamour. Dou por mim a lavar a louça, depois de um dos nossos repastos com atum e a parar para ir ao frigorifico ver se não há tupperwares com um restinho de comida já esquecida, sei há, encontro um. Deito os restos no lixo. Como seria difícil de explicar a um herói dos filmes de aventuras ou a um simples traseunte de metro que saber coisas simples como esta é igual a um tesouro ou a um segredo. Por isso já não explico, guardo para mim, para ti e para todos amantes como nós.
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