Noites de primavera

Saturday, March 15, 2008 | 0 Comments


A noite cai e o frio não chega, nem sequer o escuro chega. Há uma claridade inteira que nasce do teu sorriso, dos teus gestos, dos teus lábios.

O aroma do teu corpo mistura-se com o do meu, hálito forte de pássaros e flores, como se nascesse aqui, nesta cama a primavera, a promessa dos sentidos despertos.

Olhamo-nos demoradamente, rimos demoradamente, despidos de tudo, do tempo indigno de nós, das palavras que usamos para nos proteger. Amantes. Tão somente amantes famintos, ingénuos, felizes. Como deuses nos achamos eternos, como homens nos achamos tão somente abensonhados por haver estes braços em forma de ninho, este baloiço onde nos deixamos embalar.

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