O que o teu amor me dá: a pérola no centro, a exacta e pequena pérola por onde a luz se esvai, num fechar de olhos, entre nós. E o riso inesperado nesse campo de cansaço em que repouso cresce, trazendo a razão aos braços da loucura. Os teus olhos onde os meus mergulham, lago manso da tarde que empurramos, à janela, até o dia inteiro ser madrugada. E ver-te acordar, como o brilho que salta de antigas colinas e se espalha por frescos lençóis de onde te roubo, abrindo a manhã.
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