O Amor dá-me Tesão

Tuesday, January 27, 2009 | 1 Comments

O amor dá-me tesão, sim senhor. Mas não é disso que venho aqui falar hoje. Fica para outro post.
Falo de Foge, Foge Bandido, o novo projecto do ex-Ornatos Violeta, Manel Cruz.
Ouvi-o numa tarde recente, enquanto conduzia inebriada pelo cansaço e pela chuvinha miudinha que caía no meu pára-brisas. E soube tão bem, a algo real e tão intimista. Soube a um pedacinho de vida.
Cá fica o artigo, retirado na íntegra do Blitz:
O Amor Dá-me Tesão/Não Fui Eu que Estraguei - Foge Foge Bandido
Na era da música para anúncios e dos toques de telemóvel, Manel Cruz (ex-Ornatos Violeta) faz um disco duplo com livro. Para ouvir, e ver, com todo o tempo do mundo.

Preparado ao longo dos últimos dez anos e aguardado pelos fãs de Ornatos Violeta e Pluto há coisa de cinco, Foge Foge Bandido é, possivelmente, o mais pessoal dos projectos em que Manel Cruz, líder daquelas bandas e um dos músicos jovens mais queridos em Portugal, já participou.

O Amor Dá-me Tesão/Não Fui Eu que Estraguei , disco duplo com cerca de 80 faixas e um livro ilustrado a acompanhar, conta com uma panóplia de convidados, desde antigos companheiros de banda (os Ornatos estão cá todos) a Pacman dos Da Weasel (aqui com o seu nome civil, Carlos Nobre), passando pelos pais, irmãos e animais domésticos de Manel Cruz.

Toda esta orquestra doméstica aparece retratada no livro que serve de guia aos discos - suporte escrito e áudio funcionam paralelamente, como um mapa que tenta responder, de forma ora naïf ora surreal, à pergunta "quem é Manel Cruz?".

Se fosse um filme, Foge Foge Bandido era inspirada obra de Michel Gondry; tal como em Eternal Sunshine of the Spotless Mind ou Ciência dos Sonhos , a música que Manel Cruz aqui deposita rege-se por uma lógica interna, que cutuca o subconsciente do autor mas se mantém apelativa a "intrusos".

Manel Cruz, um dos melhores domadores de palavras na pop em português, preferiu embrulhá-los nesta edição especial, num manifesto de liberdade e amizade por todos os aliados do Bandido. Disparatado, comovente, escatológico e adorável, o primeiro "a solo" de Manel Cruz é, mais do que um disco, um pedacinho de vida.

Texto - Lia Pereira


Recupero um tema dos Ornatos Violeta - Ouvi dizer

1 comentários:

Anonymous said...

Bons tempos:)

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