nessa altura eu não estou aqui, estou a tomar o pequeno almoço numa pequenina toalha branca com quadrados vermelhos em Plutão. Quando me deitar e o único peso sobre a cama for o meu, quando me julgarem e não me puder defender, quando me perder e nunca mais encontrar, fecho os olhos e estou a pequenalmoçar num planeta encantado longe daqui!
Quando o silêncio gritar mais alto do que a minha voz, quando os olhos dos outros olharem e não me virem, quando amar e não houver um amante, quando escrever e não houver ninguém a dirigir a minha carta, fecho os olhos estou a tomar o pequeno almoço numa esplanada da planície vermelho vida de Plutão.
Quando o cinzento se negar a ser azul, quando na vida não sobrar fôlego, quando cair e não houver outro passo. Ergo ao primeiro raio da manhã algures no universo a minha taça e espero pelo dia, longe de daqui e de mim.
E sorrio sempre, sempre porque se chorasse podia nunca mais parar. Há arco-irís de todas as cores debaixo da pele, no choque dos dias, na rota dos sois e das tempestades.
Falo sobre nada, porque gosto de falar sobre coisas que compreendo.
Have a nice breakfast, I'm breaking fast.
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