Não me peças isso...
não me perguntes por quem não posso ser...
Porquê essa impaciência, essa ânsia?
Não me faças perguntas que não posso responder,
sobre estados que quero desconhecer.
Porque é que escrever cartas é infantil,
ou fazer origamis no metro,
ou andar com pacotinhos de bolachas nos bolsos para dar ao arrumador,
ou falar com as flores,
ou adormecer enroscada num gato,
ou perguntar,
ou chorar porque é preciso?
Eu sou assim simplesmente, este pedacinho de plasticina sempre a ganhar novas formas...
Não me peças para crescer, para deixar de acreditar que as nuvens escondem um reino de algodão doce e as florestas fadas e duendes...
Eu preciso da magia da beleza, da massa dos sonhos, de acreditar na dádiva incondicional. Por isso sustenho a respiração neste mundo tão doce onde é possível amar de todas formas, sorrir sem motivo e dar sem medo. Não talvez não cresca... aqui o tempo é o da Terra do Nunca.
1 comentários:
Não se contabiliza o tempo, nem se marca o espaço, o processo de crescimento é contínuo, e é medido com uma régua sem medida, ou por outra, com uma medida tua, só tua.
Mas mais importante que isso, é nunca esqueceres, que os sonhos, os risos, os amores, os desejos e vontades mais insólitos, normalmente associados a estados evolutivos precoces, podem e devem em alguns casos continuar a ser exibidos. Como jovem iniciado, na exploração da tua pessoa, o que posso acrescentar será sempre pouco ou mesmo infundado, mas será sempre aquilo que sinto, pressinto ou intuo da tua fantástica pessoa. Aqui que ninguém nos ouve, mas muitos nos lêem, deixa-me que te diga, se crescer para ti, for esse processo que acabas de descrever, então linda, não cresças…
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