Fall into myself

Wednesday, June 07, 2006 | 3 Comments

















Cair - do Lat. cadere
v. int., ir abaixo; pender; tombar; desabar; abater-se; inclinar-se; curvar-se; acontecer; suceder; abrandar; amainar; sujeitar-se; incorrer; cometer; descer; baixar; ajustar-se; combinar-se; harmonizar-se; ser enganado, surpreendido - em si: ter grande decepção; aperceber-se; loc. adv., a -: a não se suster.

Sonhamos que caímos ou caímos pensando que sonhamos? Se sonhamos que caímos, isso significa alguma coisa?
Porque é mais inquietante sonhar com a queda do que cair realmente?
O que é cair?
É não se suster.
Mas quando não nos sustemos não parece que sonhamos?
E se a realidade é uma imagem invertida como os espelhos estranhos que sempre me assustaram?
Quando cais o que sentes é diferente de quando sonhas que cais? Não sentes a mesma vertigem, não te perdes de ti? É menos assustador? É menos angustiante? Será que não coxeias depois? Será possível cair dentro de si? Como levantar-te de ti, se não tens pernas por dentro?
Quem dera que caíssemos sempre acordados.

Dedicated to Another Soul Writer

3 comentários:

Anonymous said...

É tão fácil cair no mais precioso momento, cadência das horas, no respirar impreciso dos olhos cerrados.
É tão fácil cair nesse sonho em que nos perdemos e do sonho fazer vida e a queda que se abriu, abrir-se em nós a partir de dentro.
Não há pernas para andar pelo avesso, que é feito dos caminhos se o peregrino se desfaz? A substância de que somos feitos, a essência que nos ensopa, a força, a fome, o sono, o bater do coração são fragmentos, são pedaços unidos por dois braços...que é feito de nós se eles nos largarem no vazio?
É fácil, tão fácil, a hora da partida contra todas as marés, contra todos navios estilhaçados e sonhos adiados, apenas esta palavra, vazio.
É em nome da queda que me ergo porque se nos faltam os pés sobram-nos as asas; e os dias, os testamentos, os pesadelos, as mãos vazias, os tormentos, esses, não são queda que me arraste, se o teu sangue for a minha força é por dentro que me ergo, é acordada que me sustenho.

Anonymous said...

1-Caimos, quando sonhamos nas alturas impróprias.
2-Não significa obviamente, que vais cair na dita realidade, mas pode significar um “medo”, uma “angustia”, um “temor”, até mesmo uma duvida!
3-Porque no sonho a adrenalina é em muito menor quantidade.
4-Depende da altura.
5-É uma hipótese.
6-No máximo parecerá que voamos, mas a gravidade não perdoa.
7-Realidade? O que é isso?
8-Sentes o mesmo, no imediato
9-Sim
10-Não
11-Não
12-Não
13-É perfeitamente possível
14-Não precisas de pernas, precisas de alma, luz, força de vontade e amigos
15-Quem me dera que voássemos

Anonymous said...

No outro dia, alguém me dizia, “já tenho saudades de um bom tombo, não do tombo em si, mas daquilo que ele me provoca, aquilo que ele me faz ver, acreditar, viver. Não tenho vontade de sofrer com as amarguras da vida, mas sim, ser aquele alguém que pé ante pé, passa as barreiras das magoas, das dores, do sofrimento. Tenho saudades do guerreiro que há em mim…”.
As quedas interiores, despoletam reacções muito variadas em diferentes indivíduos, uns tiram elações positivas e avançam para uma nova queda, mas com os ensinamentos da anterior, e outros acabam enclausurados, no medo de caírem de novo…
Eu, na minha extrema simplicidade, contentava-me com um singelo mas enérgico par de asas, ai podia voar no interior dos buracos, recolher os valiosos ensinamentos e crescer à velocidade de um rápido bater de asas até ao seu exterior, mas isso sou eu.

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Mei and Arawn