"O submarino" é uma peça cheia de emotividade. Uma peça muito física com uma grande cumplicidade e intimidade entre os actores e partilhada pelo público. Parte da ideia da inconstância do ser humano em oposição à constância do amor que permanece contra esse modular da vida e de quem somos. Com um humor simples, mas brilhante, os actores traçam um retrato divertido, emocionante e mordaz sobre a impossibilidade de se manter um casamento ou de se viver sozinho numa grande cidade. Do outro lado nós, como se pela fechadura espreitássemos, assistimos ao desfiar da intimidade de César e Rita, no revolver dos dias e da sua unicidade e dualidade. O espectáculo fica, algumas semanas em cena no Tivoli em Lisboa seguindo depois em digressão pelo país. Vão lá espreitar, serão agradavelmente surpreendidos por uma gargalhada fácil ou com uma caricatura estranhamente próxima das nossas caras de futuro.
p.s - Bigada Patrícia e Olavo por este bocadinho de noite tão delicioso!
1 comentários:
Esta é de facto uma peça muito interessante, na medida em que mostra, em meu entender, de uma forma inequívoca que, a “viagem” pelo amor, pode e é, absolutamente tumultuada, pela montanha russa de emoções, que é, a paixão. Os catalizadores e inibidores estavam todos muito bem retratados, a maioria eram lugares comuns, mas a reacção do publico foi o reflexo de quão real era tudo aquilo que estávamos ali a presenciar, com todo aquele ambiente intimista e desprotegido, as barreiras eram absolutamente inexistentes entre a acção e o publico, e dai ser tão interessante, ver as mesmas barreiras, aparecerem e desaparecerem entre os dois personagens. A piada esteve sempre presente, talvez também, para aliviar a pressao dos momentos mais dramáticos.
É de facto uma peça, que com o seu brilhante reflexo da realidade, merece o meu aplauso de pé.
Agradeço-te a ti, querida amiga os bilhetes que me remeteste, e a ti, linda amiga, a companhia deliciosa.
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