Das dúvidas que assolaram a minha vigília sobre o mundo aos sonhos que persigo como candeias de orientação, sempre resultaram passos, trémulos às vezes, valentes noutras. Tantas vezes às avessas, na linha de trás do pano. Tantas vezes o adeus, que nem gosto de dizer. Tantas vezes a imagem de caras de quem gosto e que já não caminham os meus dias. Não sei o que fazer dos caminhos perdidos, nem dos outros nem dos meus. Nunca os vi. Se os vi não me dei conta. Passaram por entre os espaços da rede da minha memória. Costumo dizer que tenho memória selectiva. Acho que quanto mais me convenço disso mais selectiva ela se torna, por empatia. Para meu bem, suponho. Para nosso. Se não me lembro também não faz mal, é porque não deveria ser importante, pois do importante lembro-me de tudo. Deve ser suposto ser assim. O que me prende à vida é respirarem tantas vezes por mim.
Âncoras
Thursday, September 21, 2006 | 0 Comments
Das dúvidas que assolaram a minha vigília sobre o mundo aos sonhos que persigo como candeias de orientação, sempre resultaram passos, trémulos às vezes, valentes noutras. Tantas vezes às avessas, na linha de trás do pano. Tantas vezes o adeus, que nem gosto de dizer. Tantas vezes a imagem de caras de quem gosto e que já não caminham os meus dias. Não sei o que fazer dos caminhos perdidos, nem dos outros nem dos meus. Nunca os vi. Se os vi não me dei conta. Passaram por entre os espaços da rede da minha memória. Costumo dizer que tenho memória selectiva. Acho que quanto mais me convenço disso mais selectiva ela se torna, por empatia. Para meu bem, suponho. Para nosso. Se não me lembro também não faz mal, é porque não deveria ser importante, pois do importante lembro-me de tudo. Deve ser suposto ser assim. O que me prende à vida é respirarem tantas vezes por mim.
0 comentários:
Post a Comment