Dizer que The Pillowman é uma analise da natureza humana e da natureza catártica da escrita é ficar aquém. A responsabilidade moral sobre o efeito da escrita, da educação parental, do regime político é escalpeado até à nausea e, no entanto, há uma capacidade de tornar acontecimentos violentíssimos em actos quase compreendidos por nós que faz deste texto uma peça psicologicamente muito complexa e emocionalmente extenuante.
The Pillowman não é uma história são muitas, não é uma realidade são várias, é fragmentos e fragmentos daqueles que nos solificam e nos dizem quem somos para além da argamassa de nervos, sangue e consciência.
Eu contava-vos a história se conseguisse, mas as palavras secam-me nos ossos antes que possa repetir uma frase sequer, se quiserem desafiar o vosso julgamento a reflectir sobre o comportamento humano e as suas mais negras verdades, não deixem de ir ver. Gosta-se, mas incomoda, incomoda muito.
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