Super, Hiper, X-Girl Friend!

Wednesday, September 20, 2006 | 0 Comments

Ora cá vamos nós outra vez ao cinema. E o que escolhemos? Um daqueles levinhos, bem dispostos, bons companheiros da prazerosa arte de pipocar. Ora venham lá dois bilhetinhos King Card para "A minha super ex-namorada" faz favor. E este filme, meus amigos, cumpre as expectativas e ultrapassa-as! Ah pois é! Não que fossem muito elevadas. Muito embora no cartaz Uma Thurman pareça apenas uma versão moderna da mítica série "A minha mulher é uma feitiçeira", faltando-lhe apenas a vassoura para lhe dar aquele toque sinistro de bruxa com aspirações a fada do lar, a verdade é que nos deparamos com uma super heroína que voa, lança raios com os olhos, tem um sopro de loba-má que derruba paredes, pára misseis e uma panóplia mais de habilidades e super-poderes, dignos de uma verdadeira Super-Mulher.
Mas ver uma super heroína no recato da alcova, a violar um desgraçado vai muito além do mais selvagem dos sonhos de apreciadores de super heróis. Vai ao encontro das infindáveis horas de fantasias que todos guardamos desde a infância. Como serão estes tipos quando nem os papparazi os apanham? Serão tão quecadélicos quanto parecem?
Uma está excelente como Jenny/G-Girl (é quase impossível não pensar em associações libidinosas certo?) e o cara de cachorrinho sem dono, Luke Wilson na pele de Matt, o namorado fugídio e cobardolas dá-nos momentos de incontrolável risota. Os problemas dele começam quando decide pôr-se ao fresco, ao perceber que ela é possessiva, ciumenta e neurótica e com um temperamento incontrolável. Somando isto à sua superforça, capacidade de voar e tal, conseguem imaginar o cabo dos trabalhos em que acabou de se meter, não é?
O tom do filme, com as suas piadas constantes é uma marca do director Ivan Reitman, responsável por um dos maiores ícones oitentistas, os Caça-Fantasmas. E Reitman prova que está em plena forma, apesar de ter dirigido pela última vez em 2001, o filme Evolution.
Boa parte do mérito tem de ser dividido com o elenco que está mesmo em grande.
Mas ao incluir personagens descartáveis - como o melhor amigo (Rainn Wilson, de A Sete Palmos e The Office) e um supervilão (Eddie Izzard) só para contar de onde vêm os tais superpoderes - a força da trama dilui-se um pouco. É mais ou menos como se o Superman passasse a ser apenas o Clark Kent. É a tal coisa, sensação Dodot.
Fora isso e com umas pipocas quentinhas é de lamber os beiços.

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Mei and Arawn