Hoje pediram-me que reactivasse o bom hábito de apontar os aniversários dos mais próximos. Comecemos por aí, que os dias de anos são sagrados. E vai não vai lembrei-me do caderninho que guardava escrupulosamente no bolsinho da bata com os aniversários e dedicatórias de amor eterno dos amigos e amigas desses tempos do salto ao elástico e dos berlindes coloridos. E vai daí, lembrei-me que quando era miúda havia um verdadeiro manual de boas maneiras que ensinava a ser uma boa menina, prendada e delicada e que ainda serviu para aprender receitas bem catitas e desenvolver o meu gosto pelo desenho e pela pintura. Retirando do contexto sociológico vincadamente machista e datado culturalmente de preciosidades como "a mãe está na cozinha" e a "anita só aprendia coisas de menina" não deixa de ser bom relembrar.

Estes livros ainda são editados pela Verbo e eu recebi um bem giro há uns tempos atrás. Além de uma história bonita sobre as cartas que a Anita recebe dos amigos e das ilustrações continuarem deslumbrantes - os textos são de Gilbert Delahaye e as belíssimas ilustrações de Marcel Marlier dão a estes livros um realismo e um encanto que o tempo tem vindo a reforçar - ainda trazia uma série de autocolantes engraçados que fui colando em postais que mandei a amigos tão imbuída estava dos bons sentimentos que este livrinho me inspirou.

1 comentários:

Viajante said...

Lembro-me tãooo bem deste livro e da receita da maionese :) Foi o meu livro da Anita, depois ofereceram-me o da Anita na praia e no Jardim.
Foi com este que inicialmente me aventurei entre tachos e delícias ao lado da minha avó.
Que boas recordações....
Obrigada :)

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