Without skin

Wednesday, July 05, 2006 | 0 Comments

Do anjo fez-se o homem e do homem o demónio.
As asas que eram vento são acutilantes ossos chupados pela fúria do esgar tão breve e cínico como um golpe nos pulsos mais delicados.
Da beleza que era celestial fez-se a sangrenta massa dos dias no arrastar dos pés e no genocídio da diferença.
O rumor apenas, lancinantes gritos agudos das gárgulas pelos céus de chumbo onde se afogam os corpos dos que levantam os olhos do chão.
Do anjo fez-se o demónio e do demónio o homem.

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Mei and Arawn